Fotografia daqui
Passei uns dias de férias em Cuba, cumprindo um desejo pessoal, e familiar, antigo e deu para entender, ao vivo, o que já sabíamos: o povo cubano tem esperanças numa mudança, expressa as suas opiniões, a título individual, com mil cuidados, evita falar em política mas é capaz de preconizar a necessidade de uma abertura económica. Fiquei com a sensação de ter visitado um museu onde se expõem peças de um modelo de sociedade que nunca existiu. Mas existe! Saindo à rua, convivendo, tanto quanto possível, com a realidade, não nos deixam de encantar as pessoas, evidenciando a expectativa de um futuro melhor, hábeis na arte de sobreviver, carentes de bens de consumo que nos são familiares, rostos sentidos e vozes quentes, por vezes, parecendo gente feliz entre ruínas. Será possível antever a transição pacífica, e gradual, de uma ditadura para a democracia? Uma velha pergunta que já obteve, ao longo da história, as mais diversas respostas. (Continua).
Passei uns dias de férias em Cuba, cumprindo um desejo pessoal, e familiar, antigo e deu para entender, ao vivo, o que já sabíamos: o povo cubano tem esperanças numa mudança, expressa as suas opiniões, a título individual, com mil cuidados, evita falar em política mas é capaz de preconizar a necessidade de uma abertura económica. Fiquei com a sensação de ter visitado um museu onde se expõem peças de um modelo de sociedade que nunca existiu. Mas existe! Saindo à rua, convivendo, tanto quanto possível, com a realidade, não nos deixam de encantar as pessoas, evidenciando a expectativa de um futuro melhor, hábeis na arte de sobreviver, carentes de bens de consumo que nos são familiares, rostos sentidos e vozes quentes, por vezes, parecendo gente feliz entre ruínas. Será possível antever a transição pacífica, e gradual, de uma ditadura para a democracia? Uma velha pergunta que já obteve, ao longo da história, as mais diversas respostas. (Continua).
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4 comentários:
Continuarei atenta a lê-lo.
Meu caro Eduardo. Estarei atento, também, aos próximos episódios.
Entretanto. "Parecendo gente feliz entre ruínas". Estranha realidade, por certo, mas não impossível. Basta olhar, quantas vezes, para gente à nossa volta, e imaginar. A frase, porém, sugere ou parece pressupor a certeza de algo que esta primeira crónica (falando apenas delas) não demonstra: a existência de ruínas. E de que ruínas falas? Preferia - em rigor, nem é bem uma preferência, é um método a que me habituei, o de ler um livro do princípio para o fim - chegar, por mim próprio, a essa conclusão. No final da história. Se for o caso.
Boa noite Eduardo "and wellcome back" !
Fico à espera dos próximos episódios.
Um abraço
Confesso que tive o seu blogue nas minhas preferências depois retirei-o, por falta de produção sua (sou apenas sincero)e não estava lá por acaso, era porque gostava do que escrevia.
Hoje voltei a passar por cá e reparo que se propõe falar sobre Cuba.
Também já la estive e vou seguir com atenção a sua opinião.
Espero que não deixe de levar em conta, também o que era Cuba antes da revolução.
Alguns cubanos me disseram, "antes fome com Fidel que bordel dos americanos".
Não vai por certo esquecer o efeito bloqueio, não deixa de ser também uma desculpa para Fidel, mas existe e é negativo para o desenvolvimento cubano
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