Henri Cartier-Bresson - FRANCE. Paris. French writer Albert CAMUS. Around 1945.
Encontrei, por acaso, uma recolha de 25 citações do Cadernos II – que acolhe os apontamentos escritos por Camus entre Janeiro de 1942 e Abril de 1948. É muito interessante a proximidade desta escrita com a que, muitas vezes, somos levados a exercitar nos blogues.
1 – Não sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do adversário.
2 - Vivemos num mundo em que é preciso escolher sermos vítimas ou carrascos – e nada mais.
3 - Revolta: Criar para chegar mais perto dos homens? Mas se pouco a pouco a criação nos separa de todos e nos empurra para longe sem a sombra de um amor...
4 – Bob: nos prados de Verão da Normandia. O seu capacete coberto de goiveiros e ervas bravas.
5 - A reputação. É-nos dada por medíocres e partilhamo-la com medíocres e malandros.
6 - Peste. Há neste momento portos longínquos cuja água é rósea na hora do crepúsculo.
7 - 1 De Setembro de 1943.
Aquele que desespera dos acontecimentos é um cobarde, mas aquele que tem esperança na condição humana é um louco.
8 - (Dos mentirosos) “E não há nada onde a força de um cavalo melhor se conheça do que ao fazer uma paragem súbita.”
9 - O tempo não corre depressa quando o observamos. Sente-se vigiado. Mas tira partido das nossas distracções. Talvez haja mesmo dois tempos, o que observamos e o que nos transforma.
10 - Não posso viver fora da beleza.
É o que me torna fraco diante de certos seres.
11 - A espessura das nuvens diminuiu. Logo que o sol se libertou, as terras começaram a fumegar.
13 - Esse vento singular que corre sempre à borda da floresta. Curioso ideal do homem: no próprio seio da natureza, possuir uma casa.
14 - 11 De Novembro. Como ratazanas (*).
15 - Quantos esforços desmedidos para ser apenas normal!
16 - O homem que eu seria se não houvesse sido a criança que fui!
17 - A liberdade é poder defender o que não penso, mesmo num regime ou num mundo que aprovo. É poder dar razão ao adversário.
18 - Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade.
19 - O coração a envelhecer. Ter amado e nada todavia ser salvo!
20 – Dezembro. Esse coração cheio de lágrimas e de noite.
21 – Escreve-se nos momentos de desespero. Mas o que é o desespero?
22 - É preciso atravessar todo o país do amor antes de encontrar a chama do desejo.
23 -...foi quando tudo ficou coberto de neve que reparei que as portas e as janelas eram azuis
24 - Sei o que é o domingo para um homem pobre que trabalha.
25 - Há um momento em que a juventude se perde. É o momento em que os seres se perdem. E é preciso saber aceitar. Mas esse momento é duro.
(*) – O desembarque aliado na África do Norte separa Camus da sua terra e dos seus.
Encontrei, por acaso, uma recolha de 25 citações do Cadernos II – que acolhe os apontamentos escritos por Camus entre Janeiro de 1942 e Abril de 1948. É muito interessante a proximidade desta escrita com a que, muitas vezes, somos levados a exercitar nos blogues.
1 – Não sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do adversário.
2 - Vivemos num mundo em que é preciso escolher sermos vítimas ou carrascos – e nada mais.
3 - Revolta: Criar para chegar mais perto dos homens? Mas se pouco a pouco a criação nos separa de todos e nos empurra para longe sem a sombra de um amor...
4 – Bob: nos prados de Verão da Normandia. O seu capacete coberto de goiveiros e ervas bravas.
5 - A reputação. É-nos dada por medíocres e partilhamo-la com medíocres e malandros.
6 - Peste. Há neste momento portos longínquos cuja água é rósea na hora do crepúsculo.
7 - 1 De Setembro de 1943.
Aquele que desespera dos acontecimentos é um cobarde, mas aquele que tem esperança na condição humana é um louco.
8 - (Dos mentirosos) “E não há nada onde a força de um cavalo melhor se conheça do que ao fazer uma paragem súbita.”
9 - O tempo não corre depressa quando o observamos. Sente-se vigiado. Mas tira partido das nossas distracções. Talvez haja mesmo dois tempos, o que observamos e o que nos transforma.
10 - Não posso viver fora da beleza.
É o que me torna fraco diante de certos seres.
11 - A espessura das nuvens diminuiu. Logo que o sol se libertou, as terras começaram a fumegar.
13 - Esse vento singular que corre sempre à borda da floresta. Curioso ideal do homem: no próprio seio da natureza, possuir uma casa.
14 - 11 De Novembro. Como ratazanas (*).
15 - Quantos esforços desmedidos para ser apenas normal!
16 - O homem que eu seria se não houvesse sido a criança que fui!
17 - A liberdade é poder defender o que não penso, mesmo num regime ou num mundo que aprovo. É poder dar razão ao adversário.
18 - Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade.
19 - O coração a envelhecer. Ter amado e nada todavia ser salvo!
20 – Dezembro. Esse coração cheio de lágrimas e de noite.
21 – Escreve-se nos momentos de desespero. Mas o que é o desespero?
22 - É preciso atravessar todo o país do amor antes de encontrar a chama do desejo.
23 -...foi quando tudo ficou coberto de neve que reparei que as portas e as janelas eram azuis
24 - Sei o que é o domingo para um homem pobre que trabalha.
25 - Há um momento em que a juventude se perde. É o momento em que os seres se perdem. E é preciso saber aceitar. Mas esse momento é duro.
(*) – O desembarque aliado na África do Norte separa Camus da sua terra e dos seus.
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1 comentário:
Mais uma vez rendo-me a um post seu; dele ia destacar 3 escritos mas tiveram de ser 4 e com que dificuldade. 9, 10,17,18.
Um abraço.
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