Uma nota para o estado da arte das sondagens com a ajuda do Margens de Erro. A última que foi divulgada confirma, no essencial, que o PSD, com Manuela Ferreira Leite, não descola. Com pequenas oscilações a posição relativa dos vários partidos apresenta uma tendência de estabilidade com o PS sempre na frente com intenções de voto em torno dos 40%. O outro facto notável é a ascensão do Bloco de Esquerda. Para o partido de oposição que, no nosso regime rotativista, é candidato a ser governo, a liderança de Ferreira Leite tem mostrado ser demasiado fraca, apresentando intenções de voto sempre abaixo dos 30%. Para agravar a situação os indicadores de popularidade dos líderes apontam para uma sistemática descida de Ferreira Leite. Não é de admirar que se pressagie, a curto prazo, um cenário de queda da actual liderança do PSD. Na política não há milagres e mesmo o agravamento da crise económica, com significativos impactos sociais, não favorece Manuela Ferreira Leite que, a cada prestação pública, transmite a imagem de se debater num ciclo infernal de luta pela sobrevivência. Parece mais próxima do seu fim, presa no labirinto do partido, do que do início de uma caminhada para uma vitória eleitoral nas próximas eleições legislativas. O assunto é sério!
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