sábado, dezembro 12

OBAMA: A PAZ E A GUERRA



Discurso integral de Obama na cerimónia da atribuição do Nobel da Paz
.
Bob: nos prados de Verão da Normandia.
O seu capacete coberto de goiveiros
e ervas bravas.

Bob: milhões de mortos jazem nos prados
de verão da Normandia. Nasci no tempo
de enterrar os mortos. Cresci com o som
do choro longínquo dos seus órfãos. Aqui
à ponta ocidental não chegou a liberdade
de chorar os capacete cheios de lágrimas
suspensos nas mãos das viúvas solitárias.

[In “Há um momento em que a juventude se perde …”. Escrevi este poema, glosando uma frase de Camus, em homenagem aos soldados americanos mortos na II Guerra Mundial na luta pela libertação da Europa do nazi-fascismo.]



1 comentário:

vai tudo abaixo disse...

Só os parvos deslumbrados justificam tudo o que Obama faz. Como bem escreve VPV no "Público" de hoje, Obama não aprendeu nada com os erros de Johnson e de Bush. Da mesma forma que os seus antecessores ficaram atolados no Vietnam e no Iraque, Obama pensa que pode salvar o corrupto Karzai, o "vencedor" de umas eleições fraudulentas que vive do narcotráfico. Como a história mostra à exaustão, as guerrilhas (de direita ou de esquerda), acabam sempre por vencer os exércitos ocupantes. Foi assim na Coreia, na Argélia, no Vietnam, em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Iraque, Afeganistão contra os ingleses, contra os russos e agora contra os americanos. Não há Obama que salve os EUA da derrota no terreno. Não compreender isto e querer comparar a "libertação" da Europa pelos americanos, com uma guerra de ocupação, é não perceber nada do que move os talibans que têm o apoio dos afegãos.
Que os noruegueses tenham dado um Nobel da Paz a um político que nada fez de concreto nesse campo, só mostra a cretinice do Comité de Oslo. Mas, desde Kissinger, que o Nobel da Paz perdeu qualquer relevância.