O "CICLO DO ABSURDO"

Fotografia Daqui

Sublinhados de Leitura das Obras Completas – Introdução (1)

(…) Sous la triple forme du théâtre, du roman et de l’essai, Camus explore ce qu’il a lui-même appelé le «cycle de l’absurde»; il affirmera, beaucoup plus tard,* qu’il avait «un plan précis» quand il a commencé son œuvre ; après l’absurde et la «négation» viendraient la révolte et « le positif » ; et il envisageait un troisième «étage», le cycle de Némésis, autour du thème de l’amour auquel devait appartenir Le Premier Homme. Aussi étonnante que soit cette vue si claire de l’avenir, qui se manifeste, dès cette époque, dans ses Carnets ou ses lettres, on sait qu’il construira son œuvre, effectivement, selon cette succession de «cycles». (…)

Si l’expérience de l’existence est à l’origine de cette prise de conscience, si Camus examine de près – quoi qu’on en ait dit – l’existentialisme chrétien ou athée, il refuse d’être confondu avec les philosophes existentialistes : ce n’est pas l’En-soi, ou le Pour-soi, qui l’intéresse, mais la manière d’appréhende le monde, l’Histoire, la relation à soi et aux autres.

* Au moment de la remise du prix Nobel, en 1957.

(1) In “Oeuvres complètes” – I (1931-1944) Gallimard, Introduction par Jacqueline Lévi-Valensi.

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TUDO É POSSÍVEL

Fotografia de Hélder Gonçalves

“Os homens normais não sabem que tudo
é possível”

David Rousset


Queria escrever um poema solto
quando ainda me não ardessem os olhos
e se soltassem leves os pensamentos
nas pontas dos dedos sem entremear
as letras erradas com as certas

Não queria deixar de pensar mas pensar
só no que me desse prazer
e sentir sede sabendo ao certo que era capaz
de encontrar a fonte onde beber
queria …queria…saber ser livre

Toda a vida aspirei à liberdade de crer
mas não sabia que não seria capaz de aceitar
a impossibilidade de os outros pensarem
julgava afinal que seria impossível
o impensável ser possível

SIM

Fotografia de sophie thouvenin

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM.

TESOURO DE NATAL

Imagem Daqui

Quando eu era pequeno aqui a sul, pertinho de onde escrevo estas linhas, a maior alegria da manhã deste dia tinha um nome: sombrinha de chocolate. O sapato era autêntico e a chaminé também, mas o mais importante era a expectativa ansiosa pela chegada do momento de acordar. E o deslumbramento com o refulgir da prata que recobria o meu tesouro de Natal.

O PRIMEIRO HOMEM

Albert Camus

“A administração das coisas e a direcção dos homens haviam-lhe ensinado muito, mas sobretudo, aparentemente, que uma pessoa sabia pouco das coisas.”

“Sempre tão moderado! Dura tarefa a de agradar!”

“Até o supérfluo era pobre, porque nunca se utilizava.”

“Ele crescera sempre no meio de uma pobreza tão nua como a morte, entre os nomes comuns; em casa do tio, descobria os nomes próprios.”

“A memória dos pobres é menos alimentada que a dos ricos, com menos pontos de referência no espaço, porque raramente saem do lugar em que vivem, e também menos pontos de referência no tempo de uma vida uniforme e sombria. Sem dúvida que existe a memória do coração que, diz-se, é a mais segura, mas o coração consome-se com mágoas e trabalho e esquece mais depressa sob o peso das fadigas. O tempo perdido só se volta a encontrar no caso dos ricos. Para os pobres, assinala somente os traços vagos do caminho da morte. “

Albert Camus

Sublinhados de “O Primeiro Homem” [Edição portuguesa da “Livros do Brasil” que me chegou às mãos em finais de 1994 e na qual escrevi uma longa dedicatória para o meu filho que termina assim: “Hino à vida, saudação àqueles que não têm voz activa, pensamento ligado à acção, defesa da justiça e da liberdade, alerta contra o fanatismo e o totalitarismo.”].

A SUL

Fotografia daqui

Está frio a sul, o mais a sul possível, onde nasci, sempre regresso, aos meus lugares de infância, lugares dos meus ancestrais, do berço ao fim da estrada, escura ou iluminada, é a terra que nunca morre e sempre vive em mim povoada de memórias. A nossa terra e a memória dela são um dos sinal certeiro que nos mantemos vivos.

FESTAS FELIZES

Fotografia de Família – Conceição

Conceição filha de minha tia Lucília, irmã mais nova de meu pai, serena e jovial, fotografada no lugar do anjo que nos encoraja a olhar o futuro.

Contrariado por ser difícil reconciliar-me com as imagens comerciais que representam os desejos natalícios lembrei-me de uma fotografia da comunhão solene da Conceição. Assim já sou capaz de dar as Boas Festas.

Porque o ar puro que emana da imagem dela, fotografada com arte verdadeira, corresponde à própria natureza do ser fotografado. A distância entre a realidade e a imagem que dela se faz encurta-se, aplana-se, tendendo para a representação da felicidade.

ASSIM JÁ POSSO SER FIEL À TRADIÇÃO E DESEJAR A TODOS

FESTAS FELIZES

PRAZERES ÍNTIMOS

Fotografia de Elena Kulikova

Sócrates enaltece "comportamento impecável" de Cavaco - Governo foi a Belém desejar boas festas ao Presidente

O primeiro-ministro, José Sócrates, enalteceu hoje o "comportamento absolutamente impecável" que o Presidente da República tem mantido na sua relação com o Governo, atitude que "tem ajudado muito" a acção do executivo.

[Prazeres íntimos. O melhor dos mundos. Para memória futura …]

OS VELHOS SÃO O FUTURO

Fotografia de Simon Gris

Idosos deverão representar 32% da população portuguesa em 2050

A população idosa deverá praticamente duplicar ao longo dos próximos 40 anos, prevendo-se que venha a pesar 32% do total da população residente em Portugal em 2050, enquanto a população jovem só deverá vir a representar cerca de 13%, de acordo com as estimativas do INE.

[Está tudo escrito nas estrelas. Só não vê quem não quiser ver. Os velhos, salvo qualquer pandemia, são o futuro. O estado social… e tal e coisa … a sustentabilidade da segurança social … o aumento da esperança de vida … a aumento da idade da reforma … o envelhecimento activo … a mobilidade laboral … os horários … a doença e o sistema de saúde … o abandono e a solidão … as novas formas do totalitarismo …]

ELVIRO DA ROCHA GOMES

Elviro da Rocha Gomes - Fotografia de “A Defesa de Faro”

Elviro da Rocha Gomes, professor liceal, escritor e poeta de mérito, com inúmeras obras publicadas, é conhecido, e reconhecido, por várias gerações de estudantes que passaram pelo liceu de Faro. Aqui lhe presto homenagem através desta extraordinária fotografia e do poema que fui buscar ao Local & Blogal.

A ovelha tosqueada

Tosquiaram a ovelha.

Parece uma velha.

Tão lisa e tão fria

parece uma rã.

Umas mãos hábeis

roubaram-lhe o garbo

tirando-lhe a lã.

Assim ficou nua

no meio do prado.

Anda vaidade

passeando na rua

com lã que era sua.

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E ela anda nua.

À luz da singeleza, POEMAS,

Faro 1999

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Clicando em cima da fotografia pode observar-se com mais detalhe os estudantes que rodeavam o professor. Num primeiro momento duvidei se não seria eu próprio o que se apresenta do lado esquerdo. Vendo melhor aposto que esse é o António Bexiga que, aliás, encontro com frequência pois é o meu médico dentista.

" TALVEZ HAJA MESMO DOIS TEMPOS ..."

Fotografia de Hélder Gonçalves

"O tempo não corre depressa quando o observamos. Sente-se vigiado. Mas tira partido das nossas distracções. Talvez haja mesmo dois tempos, o que observamos e o que nos transforma."
Albert Camus

[Ressonância de 21 de Dezembro de 2003. Agradecendo as palavras dos que se lembraram do 3º aniversário do absorto, ou melhor, daqueles que expressaram essa lembrança, com excepção dos que me vou esquecer de citar. Continuemos.]

Parabéns Eduardo. E que continues por muitos. Excelentes os teus últimos posts sobre o teu irmão Dimas. Um abraço
António Pais

Parabéns, Eduardo! O Absorto tornou-se imprescindível e por isso desejo a quem o criou a genica necessária para o manter com a "sagesse" e o humor (o verdadeiro) que têm sido seu timbre. Continuarei fiel leitora.

Helena F. Monteiro

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Parabéns! Jantaste em nossa casa no dia em que criaste o blog. Tiveste dificuldade em explicar aos presentes para que servia um blog e para que querias o blog...ou eles tiveram dificuldade em entender e manifestaram até algum cepticismo. Alguns (!) levaram mesmo algum tempo a entender. Parabéns pela persistência, pela qualidade, pela criatividade, pelas análises políticas, mesmo às vezes (raramente) discordando delas...enfim, continua. AbraçoMM
[O dito jantar deu origem a um dos posts inaugurais.]

Um grande abraço agradecido pelo espaço de partilha que este Absorto nos dá.
LNT [Luís Novaes Tito] – Nunca mais me enganarei …

Parabéns ao Absorto e evidentemente ao seu autor.É um dos meus preferidos, aprendo sempre alguma coisa cada vez que por aqui passo. Abraço
Carminda Pinho

Quero acompanhar o teu amigo Hélder nos parabéns que te enviou, em termos de reconhecer a tua dedicação e trabalho intenso, desenvolvido neste espaço ao longo de três anos. Este blog está sólido e é para continuar... porque tem valor. Aceita os meus votos de Bom Natal e de BOM ANO.
João Brito Sousa

Muitos parabéns pelo aniversário do blog. Foi uma muito boa surpresa (re) descobrir uma pessoa que conhecia, sem afinal conhecer. Agora sim. Um abraço.
AluaFlutua

Parabéns pelo aniversário, é claro. Pela insistência e pela resistência, quando outros caíram pelo caminho (bem sei de que falo). Pelas múltiplas janelas, uma para cada campo, mostrando que tens olhos capazes de muitas luzes. Às vezes escreveste com as unhas afiadas, para arranhar as falinhas mansas que andam com a navalha sempre de fora a espetar nas nossas entranhas pela calada – e fizeste bem, porque quem cala consente. E quem consente contente, já há demais. E, quem sabe, qualquer dia ainda me agarro ao teu exemplo para me ressuscitar a mim mesmo.
Amizades.
Turing Machine

Eduardo

Faço minhas as palavras do teu amigo Hélder. Estás a contribuir para o enriquecimento de conhecimentos de todos os que visitam o teu blog. Eu tenho aprendido mt. contigo, estou viciada na visita ao Absorto. Parabéns. Um grande beijo - Conceição (Prima)

Parabéns, Eduardo Graça!
Joaquim Diabinho

JOHN LENNON

El FBI espió a John Lennon

La policía federal siguió al músico entre 1971 y 1972 debido a sus conexiones con partidos de izquierda

O QUE SERÁ?

Marilyn Monroe

A minha perplexidade sobe em espiral com a aceleração do processo de mediatização de Maria José Morgado. Estratégia da investigação? Contra informação? É esperar para ver!

D. AFONSO HENRIQUES

O Cerco de Lisboa por D. Afonso Henriques

D. Afonso Henriques por José Mattoso

Confesso a minha curiosidade e fascínio pela figura de Afonso I. Eis aqui mais uma leitura obrigatória. Como vou ler tudo o que está em fila de espera não sei. Mas vou tentar.

A FAMÍLIA E O FORD PREFECT

Ford Prefect – Fotografia de Família

Desta vez a família e o “Ford Prefect”. Se este modelo foi comercializado em 1952 a fotografia deverá datar desse mesmo ano ou do ano seguinte.

Além de um casal amigo de meus pais, que não sou capaz de referenciar, ali está o núcleo central da família. Como sempre, nestas ocasiões, todos muito bem ataviados. Os meus pais de luto, certamente, pela morte recente da minha avó paterna.

A minha mãe apresenta-se para o “forte” por ter saído, recentemente, de uma cura da tuberculose que a atacou e que a penicilina, recém surgida, e o Dr. Medeiros Galvão, salvaram da morte prematura.

O meu irmão como se fora um “dandy” e eu próprio comendo qualquer coisa para matar o aborrecimento que me invadia quando, apertado nas roupas, tinha que posar para o boneco.

O automóvel novo era um motivo de festa, manifestação de prosperidade relativa, na época do meu encantamento absoluto pela vida. O reino da felicidade na terra de todos os desencantos.

EDIFÍCIO SOLAR - XXI (PRÉMIO)

Ainda na área da energia a notícia de um prémio enviada ontem, por curiosidade, pelo Hélder Gonçalves que, ele próprio, tem tudo a ver com o dito projecto.

"Decorreu ontem no Museu da Electricidade a entrega dos prémios “EDP 2005 – ELECTRICIDADE E AMBIENTE” no qual o Projecto do Edifício Solar XXI se consagrou “vencedor absoluto” na categoria serviços. Junto envio foto do “Troféu” que será brevemente colocado na entrada do Edifício Solar XXI."

A MENSAGEM DO HÉLDER

Fotografia de Hélder Gonçalves

Caro Eduardo

PARABENS, PARABENS E PARABENS...pelos teus 3 anos de blog...é uma satisfação cada vez que lá entro...entro sempre com a certeza de me trazeres algo de novo, de bom, de simpático, de confiança no futuro, de independência...de tudo eduardo. Fico mais rico cada vez que lá entro...recordo ao mesmo tempo a minha infância tb na província, os episódios característicos desse Portugal distante, provinciano dos anos 50/60...e depois a descoberta da cidade no inicio de 70...a revolução e tudo mais...

Acho que é uma memória viva e recordatória...assim o tenho visto e acompanhado, com um enorme prazer, tenho a satisfação de ver publicadas algumas fotografias que me deram mt gosto tirar nalguns casos mt dolorosas (caso do Chile...e Peru) que tive mt gosto em partilhar exclusivamente contigo....

A minha pouca dedicação na continuidade colaborativa em termos fotográficos tem muito que ver tb como eu vivo a fotografia...mt interiorizada. Artistica. Sofredora tb... e a incapacidade de me concentrar e organizar para ser certinho... mas tenho esperança de te enviar 50 fotografias...durante o próximo ano. Ano em que farei 50 anos (3 Fevereiro) e que terei todo o gosto de partilhar contigo...

Muito obrigado...

Abraço do amigo

Hélder

[Aqui fica a mensagem do Hélder Gonçalves cujas fotografias, de grande qualidade, foram as primeiras que publiquei, como a que hoje reproduzo e que, pelas pesquisas que identifiquei, já deu a volta ao mundo. Não imaginam quantas e quão boas são as fotografias que ele tem sempre em produção e em arquivo. Fico à espera das tais 50 para começar a postar no dia 3 de Fevereiro próximo. Obrigado.]

JORGE VASCONCELOS (2)

Ministro da Economia in “Expresso”

Estava aprazada para hoje, 3ª feira, uma audição parlamentar com Jorge Vasconcelos, ex-presidente da entidade reguladora da energia. Tendo este apresentado a sua demissão na 6ª feira passada, o que seria normal é que se mantivesse em funções, em gestão corrente, até à tomada de posse do novo presidente.

O que parece indesmentível é que o ministro da economia resolveu, de forma inopinada, utilizar a estranha figura da “dispensa”, impedindo a realização daquela audição parlamentar.

Quando li a notícia pensei nos tempos dos governos da direita. Lembrei-me dos métodos do humaníssimo Bagão Félix dando, do alto do púlpito, piedosas explicações ao povo enquanto, na sacristia, aplicava dolorosas punções aos dirigentes "infiéis".

Por mais declarações que o primeiro-ministro faça não muda a natureza do episódio da “dispensa” do ex-presidente da entidade reguladora da energia pelo ministro da economia.

Pode ter sido impressão minha mas conheço bem de mais esta música para não ser capaz de lhe reconhecer o tom fúnebre. É triste!

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A ler no causa nossa: Sinais e Sem consequências?

OBRIGADO (Actualizado)

Fotografia de Nanã Sousa Dias

No dia do 3º aniversário do absorto senti-me assim como sob uma chuva de confetes e serpentinas. Começando pelos mais rápidos. Obrigado ao Tomás Vasques, do “Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos …”, à Maria do Rosário Fardilha, do “Divas & Contrabaixos”, ao Luís Novaes Tito e ao Carlos Manuel Castro do “Tugir em português”, e ao comentário da Helena F. Monteiro da “Linha de Cabotagem”.

E, para já, ainda ao António Pais, do Fim de Semana Alucinante e ao Evaristo Ferreira, do Abrangente.

3º ANIVERSÁRIO

Edouard Manet

Deixar uma marca

Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,

nada dever ao esquecimento que esvazia o sentido do perdão olhando o mundo e tomando a medida exacta da nossa pequenez,

atravessar a solidão, esse luxo dos ricos, como dizia Camus, usufruindo da luz que os nossos amantes derramam em nós porque por amor nos iluminam,

observar atentos o direito e o avesso, a luz e a sombra, a dor e a perda, a charrua e a levada de água pura, crer no destino e acreditar no futuro do homem,

louvar a Deus as mãos que nos pegam, e nunca deixam de nos pegar, mesmo depois de sucumbirem injustamente à desdita da sorte ou à lei da vida,

guardar o sangue frio perante o disparar da veia jugular ou da espingarda apontada à fronte do combatente irregular,

incensar o gesto ameno e contemporizador que se busca e surge isento no labirinto da carnificina populista,

ousar a abjecção da tirania, admirar a grandeza da abdicação e desejar a amizade das mulheres,

admirar a vista do mar azul frente à terra atapetada de flores de amendoeira em silêncio e paz.

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Passam hoje três anos desde o dia em que criei o Absorto. Com o passar do tempo, e 2.574 posts depois, uma simples experiência transformou-se num exercício quotidiano de comunicação. Amador tanto quanto se pode fazer algo por puro amor, retemperador tanto quanto nos pudemos expressar por puro prazer, o Absorto vai continuar.