Ministro da Economia in “Expresso”
Estava aprazada para hoje, 3ª feira, uma audição parlamentar com Jorge Vasconcelos, ex-presidente da entidade reguladora da energia. Tendo este apresentado a sua demissão na 6ª feira passada, o que seria normal é que se mantivesse em funções, em gestão corrente, até à tomada de posse do novo presidente.
O que parece indesmentível é que o ministro da economia resolveu, de forma inopinada, utilizar a estranha figura da “dispensa”, impedindo a realização daquela audição parlamentar.
Quando li a notícia pensei nos tempos dos governos da direita. Lembrei-me dos métodos do humaníssimo Bagão Félix dando, do alto do púlpito, piedosas explicações ao povo enquanto, na sacristia, aplicava dolorosas punções aos dirigentes "infiéis".
Por mais declarações que o primeiro-ministro faça não muda a natureza do episódio da “dispensa” do ex-presidente da entidade reguladora da energia pelo ministro da economia.
Pode ter sido impressão minha mas conheço bem de mais esta música para não ser capaz de lhe reconhecer o tom fúnebre. É triste!
Estava aprazada para hoje, 3ª feira, uma audição parlamentar com Jorge Vasconcelos, ex-presidente da entidade reguladora da energia. Tendo este apresentado a sua demissão na 6ª feira passada, o que seria normal é que se mantivesse em funções, em gestão corrente, até à tomada de posse do novo presidente.
O que parece indesmentível é que o ministro da economia resolveu, de forma inopinada, utilizar a estranha figura da “dispensa”, impedindo a realização daquela audição parlamentar.
Quando li a notícia pensei nos tempos dos governos da direita. Lembrei-me dos métodos do humaníssimo Bagão Félix dando, do alto do púlpito, piedosas explicações ao povo enquanto, na sacristia, aplicava dolorosas punções aos dirigentes "infiéis".
Por mais declarações que o primeiro-ministro faça não muda a natureza do episódio da “dispensa” do ex-presidente da entidade reguladora da energia pelo ministro da economia.
Pode ter sido impressão minha mas conheço bem de mais esta música para não ser capaz de lhe reconhecer o tom fúnebre. É triste!
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A ler no causa nossa: Sinais e Sem consequências?
1 comentário:
Não sei. Acho que não concordo contigo. O "cheira-me que já visto em qualquer lado", só por si, não é argumento político.
Porque duvido? Pelo seguinte. O Parlamento convocou o Presidente da Entidade Reguladora, coisa que de momento não há. O Parlamento não convocou alguém que foi presidente da dita. Mas o Parlamento pode convocar o ex-presidente da dita. Isso é normal - mas são coisas diferentes. É diferente ir à AR explicar o que se está a fazer com as responsabilidades que se têm - ou ir lá explicar o que não se fez, e já não se vai fazer, com essas responsabilidades.
Mas o homem ainda "anda por aí" (sem ofensa). Pode ser chamado. E pode explicar o que teria feito, com a sua concepção de mercado, se o governo não tivesse travado. Pode ser que até o PCP ache que ele não devia ter sido travado pelo governo. Não seria a primeira vez tal coisa vista...
Turing Machine
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