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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
Conheço o Manuel Coelho desde os tempos do movimento estudantil, tempos de rebeldia, vai para muitos anos, e sempre o tive na conta de uma pessoa afável, séria e solidária. Passei a vê-lo, de quando em vez, na televisão, no exercício das funções de Presidente da Câmara Municipal de Sines respondendo a críticas à sua gestão da autarquia e uma vez, ao que pude entender, defendendo-se de uma torpe acusação relacionada com o exercício da sua profissão de médico. Confesso que sempre me interroguei como seria a sua relação com o Partido ao qual, certamente por convicção, tinha aderido e em cujas listas tem sido eleito Presidente da CM de Sines. Hoje, de forma inesperada, voltei a encontrar-me com o Manuel Coelho dos tempos da nossa rebeldia. É preciso coragem para romper com 35 anos de militância partidária, seja qual for o partido, ainda para mais tratando-se do PCP. A luta pela liberdade vale sempre a pena. Um abraço.