domingo, janeiro 18

Turismo (mais uma vez)


Alguns inquéritos recentes revelam que os portugueses, em 2004, colocam a realização de viagens de lazer como primeira prioridade entre as suas expectativas de consumo. Surpreendente, ou talvez não, este indicador dá razão aqueles que, como nós, defendem a importância estratégica do turismo, e do lazer em geral, no desenvolvimento do país. Atente-se, entretanto, que esta é uma actividade recente, quer enquanto fenómeno social, quer cultural ou económico.
Foi em França, no ano de 1936, sob os auspícios do Governo da Frente Popular, logo seguida, no mesmo ano, pela Bélgica, que as "férias pagas" foram consagradas, sendo mesmo criado o Ministério dos Lazeres, resgatando para as políticas próprias dos regimes democráticos, o modelo de uma maior intervenção do Estado no domínio do que hoje entendemos ser o Lazer Social.
Após a segunda guerra mundial, este movimento foi precursor da democratização do Turismo, permitindo a milhares de trabalhadores e suas famílias descobrirem outros territórios, verificando-se uma autêntica transumância no mês de férias, materializando o que hoje conhecemos por "turismo de massas".
No entanto o apetrechamento do país para corresponder a este desafio coloca muitas questões que estão na ordem do dia sendo a mais relevante a do "desenvolvimento sustentável". O PR está preocupado com o tema e vai abordá-lo na Presidência Aberta, nos finais deste mês. Vamos tentar acompanhar essas preocupações, as questões que serão colocadas e as respostas do Governo e dos diversos parceiros, privados e públicos, com interesses nesta área de actividade.

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