quarta-feira, junho 28

ZIDANE E O "SISTEMA"

Posted by Picasa O que me levou, na verdade, a escrever este post foi Zidane e a campanha em curso para intimidar Portugal. Estava assumido, ao menos, pelos “nuestros hermanos”, que os “velhinhos” franceses seriam esmagados pela fúria da juventude espanhola. Afinal a sabedoria ganhou à fúria. Que beleza observar a arte de Zidane como se entre ele, a bola e o espaço circundante se desvanecessem as fronteiras e os opositores. Assim acontecem os milagres que podem derrubar todos os “sistemas”.

Após a eliminação da sobranceira Espanha, o estado da arte, imaginando a sujeira dos bastidores [vide algumas arbitragens vergonhosas, a entrevista falsa com Pauleta na imprensa inglesa, as declarações de Parreira ...], é o seguinte:

Das oito selecções sobreviventes, apuradas para os quartos de final, constam duas “out-siders”: Portugal e Ucrânia. Um pequeno país, com uma selecção de grandes jogadores emigrantes, dirigida por um seleccionador brasileiro, e um grande país de emigrantes, rival da Rússia, com um seleccionador que foi um grande jogador da antiga União Soviética. A lógica apontava para que fossem apuradas a Holanda e a Suíça. Mas, no primeiro caso, o árbitro russo Ivanov não foi capaz de eliminar Portugal e, no segundo, os Suíços não foram capazes de eliminar a Ucrânia.

Se o “sistema” funcionar serão apurados para as meias-finais: Brasil, Alemanha, Inglaterra e Itália, a partir dos jogos dos quartos de final cujo calendário é o seguinte: Portugal-Inglaterra; Brasil-França; Argentina-Alemanha e Itália-Ucrânia. O aparelhamento dos quartos de final não permitiu atingir a perfeição pois tem uma disfunção perceptível aos leigos: o Argentina-Alemanha.

Mas imaginem que o “sistema” entra em falência parcial e se apuram: Portugal, França, Argentina e Ucrânia. Teríamos nas meias-finais Portugal-França e Argentina-Ucrânia. Bonito! E imaginem uma final: Portugal-Ucrânia? O “sistema” ficava de pantanas!

Mas não vai ser assim e aposto que a final oporá o Brasil (campeão do mundo em título) e a Alemanha (selecção da casa). Desta forma o mundo continuará a acreditar na justiça praticada entre os homens de boa vontade.

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro Eduardo,

gostei da tua análise ao "sistema".

Infelizmente, também, no desporto de hoje, impera a ignóbil mentira, aliada fiel dos interesses do deus "mamon".

Como todos os sistemas, que radicam na mentira e na falsidade, também este pode vir a falhar...


Um abraço.
J. Cabrita

hfm disse...

Gostei da dedução final!