Hoje de madrugada dei comigo a ver, na RTP, “Kilas, O Mau da Fita” do José Fonseca e Costa. A fita já ia a meio mas, de repente, a minha memória como que se iluminou.
Parecia-me reconhecer todos os gestos, rostos, diálogos, sons e lugares. Até o Lima Duarte tão jovem…Acho que assisti à sua estreia no Festival da Figueira da Foz numa viagem memorável que fiz com a Guida. Se não foi a estreia foi uma apresentação especial. Devo ter sido um dos primeiros espectadores daquele filme.
E revi um Mário Viegas divinal que a última vez que o vi, antes da sua morte, ia eu a descer o Largo Camões e ele passou de carro, no lugar do pendura, e me fez uma saudação esfusiante que eu dele sempre recebia quando, por acaso, nos encontrávamos.
Outra vez vendo-me na plateia, a assistir a um espectáculo, de cima do palco me interpelou. E era sempre assim …
Desde que partilhamos a madrugada da revolução no mesmo quartel e aquele espectáculo inolvidável para as tropas revoltosas, em plena euforia revolucionária, passamos a ser cúmplices na vida que, de facto, nos separava e nos transcendia. Nunca mais deixei de o lembrar e ele retribuía-me em dobro.
Por isso me comovi ontem quando, desprevenido, fui confrontado com a sua imagem no papel do malandro português suave …Descansa lá no espaço etéreo ao qual subiste que eu partilho as memórias nesta vida descontente …
Parecia-me reconhecer todos os gestos, rostos, diálogos, sons e lugares. Até o Lima Duarte tão jovem…Acho que assisti à sua estreia no Festival da Figueira da Foz numa viagem memorável que fiz com a Guida. Se não foi a estreia foi uma apresentação especial. Devo ter sido um dos primeiros espectadores daquele filme.
E revi um Mário Viegas divinal que a última vez que o vi, antes da sua morte, ia eu a descer o Largo Camões e ele passou de carro, no lugar do pendura, e me fez uma saudação esfusiante que eu dele sempre recebia quando, por acaso, nos encontrávamos.
Outra vez vendo-me na plateia, a assistir a um espectáculo, de cima do palco me interpelou. E era sempre assim …
Desde que partilhamos a madrugada da revolução no mesmo quartel e aquele espectáculo inolvidável para as tropas revoltosas, em plena euforia revolucionária, passamos a ser cúmplices na vida que, de facto, nos separava e nos transcendia. Nunca mais deixei de o lembrar e ele retribuía-me em dobro.
Por isso me comovi ontem quando, desprevenido, fui confrontado com a sua imagem no papel do malandro português suave …Descansa lá no espaço etéreo ao qual subiste que eu partilho as memórias nesta vida descontente …