Fotografias cedidas por “A Defesa de Faro”
Quando se exercitam as memórias exaltam-se os percursos humanos e profissionais daqueles que o tempo fez injustamente esquecer. A maioria esmagadora dos que, em cada época, fazem as cidades, as constroem e destroem, com seus méritos e defeitos, são engolidos pelo esquecimento.
Por isso me dá prazer apresentar as imagens e escrever as palavras, que chamam ao presente as pessoas, os factos, as instituições, o mundo com gente lá dentro, que me ajudaram a ser o que, hoje, sou.
As fotografias de “A Brasileira” mostram o espaço nas suas linhas sóbrias, na arquitectura e decoração, e as gentes que lhe deram vida, patrões, clientes, funcionárias e funcionários, na maioria jovens. Um espaço de memórias que, com uma nitidez impressionante, me faz presentes – como se fora hoje – o Sr. Inácio e a esposa e, pelo menos, dois funcionários do serviço de mesa, trajados a rigor, de onde sobressaem os laços.
Na cidade “A Brasileira” era, para mim, um espaço público que brilhava pelo esmero do atendimento e pela confecção dos produtos, pela claridade que o iluminava, como que uma extensão da rua onde se entrava na continuidade das caminhadas pela cidade. Nela eu buscava água fresca e gelados, talvez outras guloseimas, nada mais, o suficiente para me rever feliz num pedaço da minha juventude.
Havia outro espaço público na cidade com uma marca que ressoava a Brasil. Era o “Café Brasília”, lá mais para a baixa, entre ao antigo “Banco do Algarve” e o sobrevivente “Café Aliança”. Ao que julgo o baptismo de “Brasília”, ainda hoje presente na cervejaria que ocupa o mesmo lugar, decorre do facto do antigo proprietário ser um emigrante, regressado do Brasil, que resolveu homenagear a jovem capital do país irmão. E, se me não falha a memória, lembro-me de ter visto Juscelino Kubitschek de Oliveira, Presidente do Brasil, aquando de uma visita a Faro, com o seu chapéu, visitar o café que ostentava o nome da cidade de sua criação.
Quando se exercitam as memórias exaltam-se os percursos humanos e profissionais daqueles que o tempo fez injustamente esquecer. A maioria esmagadora dos que, em cada época, fazem as cidades, as constroem e destroem, com seus méritos e defeitos, são engolidos pelo esquecimento.
Por isso me dá prazer apresentar as imagens e escrever as palavras, que chamam ao presente as pessoas, os factos, as instituições, o mundo com gente lá dentro, que me ajudaram a ser o que, hoje, sou.
As fotografias de “A Brasileira” mostram o espaço nas suas linhas sóbrias, na arquitectura e decoração, e as gentes que lhe deram vida, patrões, clientes, funcionárias e funcionários, na maioria jovens. Um espaço de memórias que, com uma nitidez impressionante, me faz presentes – como se fora hoje – o Sr. Inácio e a esposa e, pelo menos, dois funcionários do serviço de mesa, trajados a rigor, de onde sobressaem os laços.
Na cidade “A Brasileira” era, para mim, um espaço público que brilhava pelo esmero do atendimento e pela confecção dos produtos, pela claridade que o iluminava, como que uma extensão da rua onde se entrava na continuidade das caminhadas pela cidade. Nela eu buscava água fresca e gelados, talvez outras guloseimas, nada mais, o suficiente para me rever feliz num pedaço da minha juventude.
Havia outro espaço público na cidade com uma marca que ressoava a Brasil. Era o “Café Brasília”, lá mais para a baixa, entre ao antigo “Banco do Algarve” e o sobrevivente “Café Aliança”. Ao que julgo o baptismo de “Brasília”, ainda hoje presente na cervejaria que ocupa o mesmo lugar, decorre do facto do antigo proprietário ser um emigrante, regressado do Brasil, que resolveu homenagear a jovem capital do país irmão. E, se me não falha a memória, lembro-me de ter visto Juscelino Kubitschek de Oliveira, Presidente do Brasil, aquando de uma visita a Faro, com o seu chapéu, visitar o café que ostentava o nome da cidade de sua criação.
2 comentários:
Gostei de ler. Há "cafés" que ficam na memória e no olfato - os que existem e os que se perderam (e foram tantos!).
PORTO, 2006.10.21
"CAFÉ BRASÍLIA..."
Era o meu café.
No ano de 60/61 eu estava na Secção Preparátória para os Institutos na Escola Comercial e tinha aulas de tarde, salvo erro lá para as 16 horas.
Era no Brasília que me juntava com o FIRMINO CORREIA CABRITA LONGO das Fontainhas e estudávamos Literatura Matemática e Física, as disciplinas que tínhamos nesse ano. Às vezes aparecia lá o ANTÓNIO INÁCIO GAGO VIEGAS de Pechão, nosso amigo e grande jogador de bilhar na modalidade "O TACHO".
Os Prof.s eram o Dr. Queiroz e o Dr.Jorge Monteiro, o Director da Escola
O empregado era o Sr. Rato que ficou nosso amigo, assim como o patrão, salvo erro o Sr.MARCELINO.
Foi aí que comecei a fumar PORTO GIGANTE.
joão Brito de Sousa
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