Fotografia de Cannelle
Um dia após dez anos de fumador inveterado – SG filtro à média de dois maços por dia – deixei cair o vício. Desde esse dia não fumei nem mais um cigarro. A dependência tabagista cessou de um dia para o outro. Ou melhor fi-la cessar através de um mecanismo natural que, paradoxalmente, nunca me impediu de fumar, de quando em vez, uma cigarrilha. Passei do tabaco branco para o tabaco preto mas a dependência ardeu.
Nestes últimos tempos deixei de comprar jornais. Só os leio na mesma medida em que fumo uma cigarrilha de quando em vez. Essa antiga dependência ardeu também. A minha opinião é que o acesso à informação passará, cada vez mais, ao lado dos jornais em formato de papel cujo consumo se transformará num vício exótico, caro para a bolsa e nocivo para a natureza.
Continuo a ler jornais mas os dedos das minhas mãos exercitam-se, excitam-se, entusiasmam-se ou esmorecem cada vez mais nos teclados e cada vez menos no papel das páginas dos jornais.
O mais provável, já comprovável, é que a dinâmica da autonomia e criatividade individuais gere, diariamente, milhões de novos produtores e consumidores de informação em suportes virtuais: é mais livre, democrática, acessível, barata, limpa e eficaz.
Não admira que faça parte daquela categoria de portugueses que não têm opinião acerca do velho “Expresso” e do novo “Sol”. A única sensação que sou capaz de descrever é que parecem o mesmo corpo. Com uma diferença. Um vestiu-se, outro despiu-se. Mas conheço mal o assunto apesar de conhecer as opiniões acerca do assunto. Posso opinar sobre as opiniões mas não posso opinar acerca da matéria acerca da qual elas versam.
Não leio jornais senão, nalguns casos, de forma limitada, nos respectivos sites. Uma mudança radical para um inveterado leitor de jornais.
Um dia após dez anos de fumador inveterado – SG filtro à média de dois maços por dia – deixei cair o vício. Desde esse dia não fumei nem mais um cigarro. A dependência tabagista cessou de um dia para o outro. Ou melhor fi-la cessar através de um mecanismo natural que, paradoxalmente, nunca me impediu de fumar, de quando em vez, uma cigarrilha. Passei do tabaco branco para o tabaco preto mas a dependência ardeu.
Nestes últimos tempos deixei de comprar jornais. Só os leio na mesma medida em que fumo uma cigarrilha de quando em vez. Essa antiga dependência ardeu também. A minha opinião é que o acesso à informação passará, cada vez mais, ao lado dos jornais em formato de papel cujo consumo se transformará num vício exótico, caro para a bolsa e nocivo para a natureza.
Continuo a ler jornais mas os dedos das minhas mãos exercitam-se, excitam-se, entusiasmam-se ou esmorecem cada vez mais nos teclados e cada vez menos no papel das páginas dos jornais.
O mais provável, já comprovável, é que a dinâmica da autonomia e criatividade individuais gere, diariamente, milhões de novos produtores e consumidores de informação em suportes virtuais: é mais livre, democrática, acessível, barata, limpa e eficaz.
Não admira que faça parte daquela categoria de portugueses que não têm opinião acerca do velho “Expresso” e do novo “Sol”. A única sensação que sou capaz de descrever é que parecem o mesmo corpo. Com uma diferença. Um vestiu-se, outro despiu-se. Mas conheço mal o assunto apesar de conhecer as opiniões acerca do assunto. Posso opinar sobre as opiniões mas não posso opinar acerca da matéria acerca da qual elas versam.
Não leio jornais senão, nalguns casos, de forma limitada, nos respectivos sites. Uma mudança radical para um inveterado leitor de jornais.
1 comentário:
Porto, 2006.10.12
"O EXPRESSO, O SOL e o SG Gigante..."
O que se lê no texto aconteceu igualmente comigo. Curioso mas verdadeiro.
Todavia preocupo-me estar minimamnte actualizado. Dos jornais acima, ambos são elevadamente caros, na minha óptica. Espanta-me a boa venda dos ditos. Penso, ao contrário do que se diz, que não devemos ser grandes cnsumidores de jornais nem de notícias.
De qualquer maneira aproveito para desejar uma vida longa aos dois semanários.
JS
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