Balanço possível dos resultados eleitorais de Lisboa. A abstenção, esperada, foi, apesar de tudo, demasiado alta; o PS (Costa/Sócrates), apesar de ser governo, ganhou, sozinho pela segunda vez na história; o PSD (Negrão/Marques Mendes) perdeu em toda a linha; os independentes (Carmona, em especial, e Roseta) ganham e, mais importante do que possa parecer à primeira vista, o PP (Telmo/Portas) é varrido para fora da área do poder. Daqui a dois anos logo se verá se a estratégia previsível de Costa - alianças flutuantes - sairá vitoriosa!
2 comentários:
Parabéns, Eduardo.
Continua o incompreensível direito de voto exclusivo em Lisboa dos residentes em Lisboa.
Sendo que residir em Lisboa é cada vez mais raro, como se sabe, relativamente ao número de pessoas que aí vivem todo o dia, porque aí trabalham, estudam, ou porque passam aí quase todo o seu tempo.
Todos aqueles que penam no IC19 ou na autoestrada Cascais-Lisboa ou na Ponte 25 de Abril, Vasco da Gama e afins passam o seu dia em Lisboa.
Muitas vezes mal conhecem o sítio onde vivem, desde os vizinhos a quem é o presidente da Câmara, para não falar no -- nunca soube quem é, nem de que partido é -- presidente da 'junta'.
No entanto, não votam em Lisboa.
A mesma Lisboa onde fazem tudo, onde gastam e ganham dinheiro, que conhecem melhor que o concelho onde vão dormir.
O que leva L. a pensar se os resultados eleitorais em Lisboa não serão injustos, errados e inúteis.
Pelo menos enquanto os universitários e restantes estudantes, e todos os que 'dormem' fora de Lisboa, que trabalham em Lisboa, aqueles cujo BI não diz Lisboa em 'residência', não votarem em Lisboa.
Porque vendo bem, são eles que vivem -- e que são -- a Capital.
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