Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
Estive para comentar o teu último (não muito distante) comentário sobre a selecção e, em especial, sobre o Scolari, aquando da vergonhosa exibição na Arménia.
Não o fiz e, claro, a oportunidade perdeu-se. Mas há muito que percebo que este tipo é incapaz de arriscar ou renovar o que quer que seja. O caso do Figo, do Ricardo (do Vítor Baía e, depois, do Quim) ou da insistência em pôr a jogar atletas que nem nos seus clubes jogam são apenas alguns exemplos.
Vale a pena dizer que me oponho ao Scolari desde que chegou ou, mais precisamente, desde o primeiro jogo de preparação para o Euro-2004. Estou à vontade, nas derrotas, nos empates e nas vitórias. Tenho-o, desde então, por incompetente e, ainda por cima, arrogante. A única vantagem que nos trouxe foi ter metido alguns dirigentes de clube na ordem. O resto, fora o facto de não ter ganho nada, foi a sorte de ter à sua disposição, normalmente, um grupo de jogadores de enorme qualidade, apesar de fazer a "sua" selecção e, muito raramente, uma selecção nacional, com bons jogadores, os melhores e, de preferência, em forma. Acusar os arménios de doping ou falar de sorte e azar no jogo de ontem é mostrar o que ele é, além de incompetente: um espertalhão, com chorudo salário, que vamos pagando!
Dos que o contrataram e também vivem à nossa custa, como ele, nem falo. O que teria a dizer ultrapassa qualquer treinador. É um problema português. Que não depende do treinador e não é exclusivo do futebol. Parte da nossa "classe política" está aí para o mostrar, há muitos anos.
A verdade é que, para encontrar um naipe de jogadores tão bons à disposição de um treinador nacional, é preciso recuar a Otto Gória-66 ou a Humberto Coelho-2000. Como dizia António Fidalgo, em gravação da RTP que vi há pouco, o nosso lugar é o primeiro dos primeiros. Qualquer discurso abaixo deste é medroso e incompetente. Além de calculista. Quem, com estes jogadores - os que lá estão, os que não estão e deviam estar e o que para lá caminham - não sabe fazer melhor, já devia ter sido posto na rua há muito tempo. Juntamente com quem o contratou.
Não vou no teu discurso da "auto-estima", muito menos a propósito do futebol. E vale a pena recordar que a "populaça" que transforma os McCann de heróis em vilões, é a mesma que que incensa o Scolari, berra o hino nacional sem saber o que isso é, exibe a bandeira nas janelas sem saber o que é patriotismo ou só grita nos estádios quando está a ganhar.
É tempo de os pôr a andar, de facto. E, se não for já, até acho que um não apuramento para o Europeu, com um grupo ainda mais fácil que os do último Mundial, seria bem profilático...
1 comentário:
Meu caro Eduardo.
Estive para comentar o teu último (não muito distante) comentário sobre a selecção e, em especial, sobre o Scolari, aquando da vergonhosa exibição na Arménia.
Não o fiz e, claro, a oportunidade perdeu-se. Mas há muito que percebo que este tipo é incapaz de arriscar ou renovar o que quer que seja. O caso do Figo, do Ricardo (do Vítor Baía e, depois, do Quim) ou da insistência em pôr a jogar atletas que nem nos seus clubes jogam são apenas alguns exemplos.
Vale a pena dizer que me oponho ao Scolari desde que chegou ou, mais precisamente, desde o primeiro jogo de preparação para o Euro-2004. Estou à vontade, nas derrotas, nos empates e nas vitórias. Tenho-o, desde então, por incompetente e, ainda por cima, arrogante. A única vantagem que nos trouxe foi ter metido alguns dirigentes de clube na ordem. O resto, fora o facto de não ter ganho nada, foi a sorte de ter à sua disposição, normalmente, um grupo de jogadores de enorme qualidade, apesar de fazer a "sua" selecção e, muito raramente, uma selecção nacional, com bons jogadores, os melhores e, de preferência, em forma. Acusar os arménios de doping ou falar de sorte e azar no jogo de ontem é mostrar o que ele é, além de incompetente: um espertalhão, com chorudo salário, que vamos pagando!
Dos que o contrataram e também vivem à nossa custa, como ele, nem falo. O que teria a dizer ultrapassa qualquer treinador. É um problema português. Que não depende do treinador e não é exclusivo do futebol. Parte da nossa "classe política" está aí para o mostrar, há muitos anos.
A verdade é que, para encontrar um naipe de jogadores tão bons à disposição de um treinador nacional, é preciso recuar a Otto Gória-66 ou a Humberto Coelho-2000. Como dizia António Fidalgo, em gravação da RTP que vi há pouco, o nosso lugar é o primeiro dos primeiros. Qualquer discurso abaixo deste é medroso e incompetente. Além de calculista. Quem, com estes jogadores - os que lá estão, os que não estão e deviam estar e o que para lá caminham - não sabe fazer melhor, já devia ter sido posto na rua há muito tempo. Juntamente com quem o contratou.
Não vou no teu discurso da "auto-estima", muito menos a propósito do futebol. E vale a pena recordar que a "populaça" que transforma os McCann de heróis em vilões, é a mesma que que incensa o Scolari, berra o hino nacional sem saber o que isso é, exibe a bandeira nas janelas sem saber o que é patriotismo ou só grita nos estádios quando está a ganhar.
É tempo de os pôr a andar, de facto. E, se não for já, até acho que um não apuramento para o Europeu, com um grupo ainda mais fácil que os do último Mundial, seria bem profilático...
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