Ilustração daqui
Menezes, convenhamos, tem um certo encanto. Além do z, que Lopes não tem, é médico pediatra de formação, é desprezado pelas elites do PSD, tal como Cavaco, em 1985, e mereceu, na hora da eleição, o desdém de Pacheco e a extrema unção de Soares – tudo condições que tornam prematuro o anúncio da sua morte.
Só me parece que chegou cedo demais à meta que ambicionava. Mas não tenham ilusões os descrentes do novo líder do PSD: ele tem um perfil mediático “sarkoziano” e só precisa, para vencer, de criar a expectativa de ser mais eficaz do que Sócrates na aplicação de políticas em tudo semelhantes.
O mal dele será se quiser marcar muitas diferenças. É este o seu Cabo das Tormentas: mostrando-se cordato com o PS, fica igual a Mendes, mostrando-se radical com o PS, fica igual a Jerónimo. Ou será viável inventar, num país da União Europeia, uma variante populista da social democracia com aspirações ao governo? A direita no seu labirinto. Interessante!
Menezes, convenhamos, tem um certo encanto. Além do z, que Lopes não tem, é médico pediatra de formação, é desprezado pelas elites do PSD, tal como Cavaco, em 1985, e mereceu, na hora da eleição, o desdém de Pacheco e a extrema unção de Soares – tudo condições que tornam prematuro o anúncio da sua morte.
Só me parece que chegou cedo demais à meta que ambicionava. Mas não tenham ilusões os descrentes do novo líder do PSD: ele tem um perfil mediático “sarkoziano” e só precisa, para vencer, de criar a expectativa de ser mais eficaz do que Sócrates na aplicação de políticas em tudo semelhantes.
O mal dele será se quiser marcar muitas diferenças. É este o seu Cabo das Tormentas: mostrando-se cordato com o PS, fica igual a Mendes, mostrando-se radical com o PS, fica igual a Jerónimo. Ou será viável inventar, num país da União Europeia, uma variante populista da social democracia com aspirações ao governo? A direita no seu labirinto. Interessante!
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