Carlos Tarrats
A crise financeira internacional vai revelando um infindável cortejo de aberrações na gestão dos empórios financeiros e industriais, um magma, por vezes indecifrável, de aberrantes privilégios que só podem encontrar justificação na crença cega nas virtudes do mercado como antes, com o império soviético, muitos acreditaram cegamente nas virtudes da propriedade colectiva dos meios de produção. O problema é que, sob as mais diversas formas, a crise faz sempre engrossar as fileiras dos extremistas. Os cidadãos trabalhadores, em todos os níveis da escala social, crentes na vantagem do regime democrático, exigem que os governos eleitos não distribuam os recursos de todos em favor dos “ladrões do templo”. Os governos democráticos não podem ceder às facilidades de apoiar, indiscriminadamente, quem mais alto grita a sua aflição. Não quero sequer pensar que aqueles que pagam, a tempo e horas, os seus impostos, contribuições, taxas e afins, os cidadãos cumpridores das suas obrigações perante a comunidade, sejam espoliados por uma aliança espúria entre políticos eleitos e ladrões com estatuto de empreendedores. É preciso desmanchar a trama. E para surpresa de muitos que acreditaram, com boa fé, nos amanhãs que cantam, têm que ser os partidos do centro esquerda a tomar a iniciativa de empreender políticas regeneradoras. A direita fará sempre renascer a especulação desenfreada, a esquerda da esquerda os mitos do colectivismo empobrecedor. É preciso, nesta época difícil, como aconteceu outras vezes no passado, ter a coragem de defender as reformas centradas no bom senso, na conciliação dos interesses, na defesa de um modelo de radicalismo centrista. A alternativa é o populismo que conduz à guerra. Mas como os políticos do ocidente, seja qual for o seu quadrante político, nos dias de hoje, não têm a memória da guerra era uma boa terapia que frequentassem a rua e ouvissem, na pastelaria, a conversa da mesa do lado. Um exercício simples mas eloquente para informar políticas. Como Obama confessava, numa entrevista recente, faz-lhe falta ouvir a rua e essa falta, na verdade, é um handicap terrível para os políticos da era mediática.
A crise financeira internacional vai revelando um infindável cortejo de aberrações na gestão dos empórios financeiros e industriais, um magma, por vezes indecifrável, de aberrantes privilégios que só podem encontrar justificação na crença cega nas virtudes do mercado como antes, com o império soviético, muitos acreditaram cegamente nas virtudes da propriedade colectiva dos meios de produção. O problema é que, sob as mais diversas formas, a crise faz sempre engrossar as fileiras dos extremistas. Os cidadãos trabalhadores, em todos os níveis da escala social, crentes na vantagem do regime democrático, exigem que os governos eleitos não distribuam os recursos de todos em favor dos “ladrões do templo”. Os governos democráticos não podem ceder às facilidades de apoiar, indiscriminadamente, quem mais alto grita a sua aflição. Não quero sequer pensar que aqueles que pagam, a tempo e horas, os seus impostos, contribuições, taxas e afins, os cidadãos cumpridores das suas obrigações perante a comunidade, sejam espoliados por uma aliança espúria entre políticos eleitos e ladrões com estatuto de empreendedores. É preciso desmanchar a trama. E para surpresa de muitos que acreditaram, com boa fé, nos amanhãs que cantam, têm que ser os partidos do centro esquerda a tomar a iniciativa de empreender políticas regeneradoras. A direita fará sempre renascer a especulação desenfreada, a esquerda da esquerda os mitos do colectivismo empobrecedor. É preciso, nesta época difícil, como aconteceu outras vezes no passado, ter a coragem de defender as reformas centradas no bom senso, na conciliação dos interesses, na defesa de um modelo de radicalismo centrista. A alternativa é o populismo que conduz à guerra. Mas como os políticos do ocidente, seja qual for o seu quadrante político, nos dias de hoje, não têm a memória da guerra era uma boa terapia que frequentassem a rua e ouvissem, na pastelaria, a conversa da mesa do lado. Um exercício simples mas eloquente para informar políticas. Como Obama confessava, numa entrevista recente, faz-lhe falta ouvir a rua e essa falta, na verdade, é um handicap terrível para os políticos da era mediática.
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4 comentários:
O "radicalismo centrista", uma nova categoria?
Já havia a 3ª via do Blair, logo esta deve ser a 4ª via! Não há paciência para o situacionismo. Como se o actual governo também não tivesse contribuido para esta crise nacional.
olà primo Eduardo!
daqui Rita Feliciano filha da Conceiçao de moncarapacho.
para deixar um abraço e o endereço do meu blog.
parabens pelo teu blog!
concordo contigo
beijos
Aprovo, sublinho e bato palmas!!! Reproduzi mesmo o texto no meu sitio. Muitíssimo bem observado. Não há outra alternativa viável nem há amanhãs que cantam...
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