Dois apontamentos, através da comunicação social, acerca da crise. Obama reclama meios excepcionais para atacar uma crise sem precedentes. O Reino Unido que, com a Islândia e a Suíça, está fora da moeda única, enfrenta o risco da bancarrota.
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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
Pensava eu que Portugal era um dos países da Europa com maior capacidade de aceitação das diferenças, incluindo as religiosas, mau grado o cinismo que encobre certas formas de aceitação das diferenças; pensava eu que conhecia o patriarca de Lisboa como um homem aberto às diferenças e ao diálogo, tolerante perante todos os perigos que sempre acompanham os audazes; pensava eu que Portugal era um país que se podia ufanar de contar com um líder da Igreja Católica afável no trato, clarividente nas ideias e moderado na apreciação das outras religiões. Não creio ter-me enganado. Espero que o Patriarca esclareça, de viva voz, perante os portugueses, e o mundo, o que quis dizer pois não deve ter cuidado o suficiente a expressão do seu pensamento.
Ronaldo ganhou o prémio maior da “arte” do futebol. Não é pequena coisa ganhar um prémio mundial atribuído ao mérito individual. É um jovem de origem humilde que, pelo talento e pelo trabalho, ascendeu na escala social. Já sei dos negócios que se perfilam nos bastidores. Na cerimónia falou em português, agradeceu a quem devia e no fim, surpreendentemente, disse “divirtam-se”. Interessante. Na entrevista final, de saída para o avião, de regresso ao trabalho, deu uma lição de humildade: não há tempo para celebrações que 4ª feira há jogo e todos os jogos são decisivos. Hoje a sua imagem correrá mundo elevando a notícia às manchetes em todas as línguas. O português Cristiano Ronaldo foi coroado como o melhor do mundo na sua arte. É pouco, é muito? Nenhum outro acontecimento é capaz de projectar com maior impacto a imagem de Portugal. Tenho muita pena. É o futebol!