“TARDE” – Fotografia de Hélder Gonçalves (*)
Dois anos. Passam depressa, ou devagar, conforme se ocupa o palco ou a plateia. Na plateia dois anos são uma eternidade. Uma parte do meu mundo passou a ser esta espécie de conversa a sós com os outros.
No dia 19 de Dezembro de 2003 criei o absorto por acaso. Dei aqueles três passos que nos indicam e, de repente, fui confrontado com a sua existência. Não tinha nada preparado para o preencher. Nem o título.
Inventei tudo naqueles minutos seguintes. Absorto. Veio daquele lugar onde devem estar guardadas as memórias mais fundas.
Uma janela com vista para a rua onde a vida se rebola. Um meio de encetar novos conhecimentos. Um estímulo para forjar e tornar a ideia disponível. Um guião não escrito de uma economia não mercantil de ideias e de afectos.
Um tempo de espera que se transforma em objecto de prazer. Um sorriso, um bom dia, um olá, um tudo bem, um aperto de mão aos amigos, que não vejo, estejam perto ou longe. Um corpo suspenso no tempo que acena, crente, ao futuro.
Um acto puro de espiritualidade cúmplice em homenagem aos amigos solidários, às dádivas por amor e aos encontros inesperados. O prazer de escrever palavras e projectar imagens. Um modelo simples e directo de comunicar.
A atracção de novos olhares e a descoberta de um novo mundo. Sem obrigações nem obediências a grupos, castas, congregações ou partidos. O espaço da liberdade individual possível em busca da beleza e do cumprimento da justiça.
O relativo assumido contra o absoluto. A luta contra o silêncio do medo. A luta da indignação contra o terror da mentira e do ódio. A verdade soprando segredos ao vento. A solidariedade com os que nos amam, retribuindo o seu amor. A defesa do direito a sonhar e, subtilmente, sobreviver.
(*) Em homenagem ao Hélder Gonçalves que me cedeu as primeiras fotografias de autor como esta bela "tarde", a segunda postada, e uma das mais pesquisadas.
Dois anos. Passam depressa, ou devagar, conforme se ocupa o palco ou a plateia. Na plateia dois anos são uma eternidade. Uma parte do meu mundo passou a ser esta espécie de conversa a sós com os outros.
No dia 19 de Dezembro de 2003 criei o absorto por acaso. Dei aqueles três passos que nos indicam e, de repente, fui confrontado com a sua existência. Não tinha nada preparado para o preencher. Nem o título.
Inventei tudo naqueles minutos seguintes. Absorto. Veio daquele lugar onde devem estar guardadas as memórias mais fundas.
Uma janela com vista para a rua onde a vida se rebola. Um meio de encetar novos conhecimentos. Um estímulo para forjar e tornar a ideia disponível. Um guião não escrito de uma economia não mercantil de ideias e de afectos.
Um tempo de espera que se transforma em objecto de prazer. Um sorriso, um bom dia, um olá, um tudo bem, um aperto de mão aos amigos, que não vejo, estejam perto ou longe. Um corpo suspenso no tempo que acena, crente, ao futuro.
Um acto puro de espiritualidade cúmplice em homenagem aos amigos solidários, às dádivas por amor e aos encontros inesperados. O prazer de escrever palavras e projectar imagens. Um modelo simples e directo de comunicar.
A atracção de novos olhares e a descoberta de um novo mundo. Sem obrigações nem obediências a grupos, castas, congregações ou partidos. O espaço da liberdade individual possível em busca da beleza e do cumprimento da justiça.
O relativo assumido contra o absoluto. A luta contra o silêncio do medo. A luta da indignação contra o terror da mentira e do ódio. A verdade soprando segredos ao vento. A solidariedade com os que nos amam, retribuindo o seu amor. A defesa do direito a sonhar e, subtilmente, sobreviver.
(*) Em homenagem ao Hélder Gonçalves que me cedeu as primeiras fotografias de autor como esta bela "tarde", a segunda postada, e uma das mais pesquisadas.