sábado, agosto 18

A TRAGÉDIA NO PERU

Revista da Imprensa peruana:
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INCÊNDIOS

Posted by PicasaFotografia daqui

Já vai muito adiantado o mês de Agosto e nada de incêndios florestais daqueles que dão para produzir directos à beira das chamas devastadoras. O povo a vituperar os governos, a amaldiçoar a falta de meios e os atrasos no socorro, chorando, horas a fio, em directo, a destruição de habitações, culturas e gados. Tudo pode ainda acontecer este verão mas está a fazer-se tarde … e os editores dos telejornais sofrem com os alinhamentos … ainda para mais com o Prof. Charrua e a Dra. Dalila de férias … morre-se de tédio!
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sexta-feira, agosto 17

GR 22 - GRANDE ROTA DAS ALDEIAS HISTÓRICAS


Fotografia de Pedro Pedrosa

Ora vejam lá que hoje foi colocado, por António Santos, a propósito de um post antiquíssimo, o seguinte comentário que agradeço:

Olá
Depois de ter feito o caminho francês de Santiago de Compostela despertei para a importância destas rotas na divulgação da região nos seus mais variados níveis. Devo dizer que a propósito do caminho francês para além de outras vertentes bem organizadas, é impressionante a sua marcação, ao ponto de qualquer caminhante em autonomia fazer o caminho sem necessitar de qualquer apoio tecnológico ou mesmo mapas convencionais.Este email serve para manifestar o meu apoio à GR22 e sua preservação
Cumprimentos

Fui em busca de informações actualizadas acerca deste projecto, coordenado pelo Pedro Pedrosa, no âmbito das actividades do INATEL, no tempo em que os animais falavam, e eis que descobri este diálogo recente. Estimulante!
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quinta-feira, agosto 16

RADARES


Elena Kulikova

Lisboa/Radares: Mais de 64 mil infracções e um mínimo de 3.8 milhões de euros de receita em apenas um mês de actividade

Esta receita extraordinária pode encantar Teixeira dos Santos e, em particular, António Costa mas, convenhamos, que é daquelas operações que cheiram a “conto do vigário”. Hoje, ao fim da tarde, assisti, na Avenida de Ceuta, à actuação de uma patrulha da PSP, controlando a velocidade, através de um carro encoberto com radar, no troço contíguo a um dos radares fixos. Algumas ruas e vias rápidas da cidade foram transformadas em autênticas minas de ouro para o Estado e a autarquia à custa da imposição de limites de velocidade desadequados e, nalguns casos, praticamente impossíveis de cumprir. Excessos …
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O IRAQUE, SEMPRE?


El Pais

Las víctimas mortales por la cadena de atentados suicidas sincronizados al norte de Irak ascienden a 500, según informan medios locales que citan fuentes oficiales y hospitalarias. La página web de la CNN se hace eco del aumento de las víctimas, citando fuentes locales. (…) Se trata del ataque más sangriento desde la caída de Sadam Husein.

Bush está a pouco mais de um ano do fim. Alguém vai ter de “fechar a porta”: uma herança terrível para a futura administração americana! Onde estão os arautos da invasão do Iraque? Será que o pior já passou?
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quarta-feira, agosto 15

HUGO CHÁVEZ


Fotografia Daqui

Chávez presenta al Parlamento su propuesta de reelección indefinida

Ora aqui está um caso de estudo para todos aqueles que se preocupam com as questões da liberdade, da democracia, das formas de regime político e da sua evolução. Mais do que um caso de estudo este é um fenómeno preocupante que deveria levar a que se levantassem as vozes dos intelectuais e publicistas que todos os dias escrevem e se indignam com a “qualidade da democracia”. Não será a primeira vez, nem a última, na história, em que um “caudillo”, eleito democraticamente, se transformará num ditador. Eis uma boa causa, para que os democratas, de todas as horas, possam levantar a sua voz em defesa da liberdade.
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segunda-feira, agosto 13

A FESTA DO FUTEBOL


Fotografia de A Defesa de Faro

Está de regresso a festa do futebol. Vezes demais estragada com jogos de bastidores, polémicas e paixões irracionais. Assinalo a efeméride porque o futebol, apesar do descrédito, me diverte e dá prazer. É um daqueles espectáculos que nunca me cansam. São tantas as variantes que ocorrem num jogo que a novidade sempre se sobrepõe à rotina. Paixão antiga que não se apagará jamais. Que havemos de fazer!

(A fotografia é de um jogo Farense (este ano na disputa da 1ª Divisão Regional do Algarve) com o Sporting, certamente nos inícios dos anos 70, disputado no Estádio de Alvalade, na qual se reconhecem, à primeira, Hilário (o nº3 do Sporting), Mirobaldo e Sério (do Farense) e julgo que Damas e Laranjeira do Sporting que já estava a ganhar por 2-0.)
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"ESTÁ CERTISSIMO! HILARIO, MIROBALDO,SÉRIO,DAMAS E LARANJEIRA. PARABÉNS! Carlos Sério " . O Carlos Sério, num comentário no A Defesa de Faro, confirma a identificação dos protagonistas. Retirei as interrogações. Só falta confirmar em que Estádio decorreu o jogo.
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Um comentário do Luis Filipe aponta a solução da última dúvida. Acho que ele tem razão: Parece-me que o campo era o do já demolido Estádio José Alvalade, antes da construção da Bancada Nova. A foto tem como 'pano de fundo' a chamada zona do peão. Quanto à data, só poderá ser uma de duas : 1971/72 (SCP-SCF = 2-0) ou 1972/73 (SCP-SCF = 4-0). Inclino-me mais para a 2ª data, por puro instinto ...Oxalá o Farense recupere depressa a sua antiga posição desportiva. [Acho que foi na época de 71/72. Na época seguinte o Hilário só jogou 2 jogos no campeonato.]
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O Carlos Maria, em comentário, confirma Alvalade mas apresenta legítimas dúvidas: Só mais uma achega para identificação do estádio. Parece, de facto, o velho peão do Estádio de Alvalade. Julgo entrever, de alguma forma, a velha pista de atletismo, de cinza. Mas não se vê a pista de ciclismo que, nessa altura, ainda existia. Estaria "invadida" por espectadores, como algumas vezes vi, em grandes jogos? Ou o ângulo da fotografia não é propício? A verdade é que, sem qualquer desprimor para o Farense, não me parece que o estádio estivesse assim tão cheio que justificasse "invasão". E daí, quem sabe? Vi isso contra o Porto, por exemplo e creio que contra uma grande equipa da Académica, por exemplo. Aqui entre nós, pergunto a mim próprio o que ia eu fazer a Alvalade, sem o Benfica ...?Em suma: não creio que seja o Estádio de S. Luís, que não tinha pistas. Mas será mesmo Alvalade? [Talvez o Carlos Sério posso esclarecer a coisa!]
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sábado, agosto 11

CUBA - FINAL DE VISITA


Memorial Che Guevara

Visitei Cuba, em família, na qualidade de turista. Ninguém pode negar que Cuba exerce um enorme fascínio sobre o chamado “povo de esquerda”, mesmo entre aqueles que já não acreditam, ou nunca acreditaram, nos ideais da “sociedade sem classes”.

Pela minha parte acredito que a liberdade política, a democracia, como regime da livre escolha dos governos pelos cidadãos, como dizia Churchill, “é a pior forma de governo imaginável à excepção de todas as outras”. Desculpem a aparente banalidade desta referência mas, por vezes, parece que alguns dos nossos mais próximos interlocutores perderam a noção do valor inestimável da liberdade relativizando essa conquista das sociedades onde nos acomodamos (mas isso é outro assunto!) valor que, do meu ponto de vista, é dos poucos que continuam a merecer uma boa luta.

Atravessando uma larga região de Cuba, de autocarro, para visitar, em Santa Clara, o memorial erguido ao Comandante Ernerto Che Guevara, um dos objectivos mais estimulantes da nossa visita, observo os campos e os camponeses que, ora, solitários, capinam as bermas da estrada, ora arroteiam a terra, com juntas de bois, ora se aglomeram na busca de transporte, ora se transportam a cavalo, ora carregam às costas cargas pesados; vejo os putos que oferecem aos passantes os frutos da terra, rebanhos incontroláveis caminhando na estrada e aquele casal, de boleia, que balouça, de pé, na caixa aberta da carrinha…

Dizem-me que há camponeses que ganham acima da média, através da venda das suas produções e que, no campo, a habitação é de melhor qualidade, mas o que os meus olhos observam é uma paisagem, quase sempre limpa e cuidada, na qual se entrecruzam processos de cultivo ancestrais com culturas intensivas, resultantes de parcerias com empresas privadas de outros países, como por exemplo, um extenso laranjal que abrange mais de 50 hectares envolvendo capitais chilenos.

Se o bloqueio, económico e político, dos USA é uma realidade que continua presente e que, historicamente, tem sido altamente constrangedora para o desenvolvimento económico e social de Cuba, não é menos verdade que o bloqueio é, hoje, somente parcial pois não existe, por exemplo, por parte da China, do Canadá, de Espanha e de outros países, que têm vindo a investir em Cuba em diversas áreas como na agricultura, na exploração do petróleo e do níquel ou no turismo.

O que quero dizer é que não existe, a meu ver, uma relação directa entre o bloqueio dos USA e a ausência de liberdade económica e política pois, além do mais, o bloqueio já não é o que era há umas décadas atrás. Nada me leva a acreditar que seja possível, ao regime vigente em Cuba, sobreviver económica e politicamente, sem uma abertura que tanto pode levar a uma ruptura, de consequências imprevisíveis, como a uma política de reformas que suavize os custos da mudança. Tudo depende, a meu ver, da visão dos mais jovens dirigentes políticos cubanos (que os há) e da futura administração americana que, espero, sendo democrata, encete um diálogo construtivo com o governo cubano. O povo cubano e o povo americano não são, na verdade, protagonistas desta “guerra-fria”, que persiste, mas, tão-somente, os seus dirigentes políticos.

Fiquei com a convicção profunda que o povo cubano deseja mudanças pacíficas e que vive na expectativa de que elas possam ocorrer. Gostei muito de visitar Cuba, de novo, e de me confrontar com os sorrisos e as vozes quentes do seu povo que merece que o destino lhe não seja adverso. Por fim visitamos o Memorial de Che Guevara. É uma obra digna que honra a memória de um visionário e aventureiro que morreu, de forma trágica, na defesa dos seus ideais. Nada pouco nos dias que correm ...
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MIGUEL TORGA


Miguel Torga
S. Martinho de Anta (12.08.1907) – Coimbra (17.01.1995)

Antecipando, por um dia, o centenário do seu nascimento, a minha singela homenagem com a publicação do poema Bucólica, no Caderno de Poesia.
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quinta-feira, agosto 9

CUBA - SEMPRE PRESENTES

Posted by PicasaTria Giovan – US, b.1961

Um dos aspectos mais surpreendentes, mesmo para um visitante avisado, é a presença, densa e obsessiva, das imagens dos ícones da Revolução Cubana. A imagem de Che está em todo o lado, tornando-se difícil entender qual a relação afectiva dos cubanos com a imagem que o regime pretende oferecer dos seus heróis. (Continua).
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CUBA - Uma manga cara mas saborosa

Posted by PicasaFotografia daqui

Havana. Sento-me numa esplanada buscando uma sombra que me defenda do calor. A meu lado um casal bebe cerveja. O homem, já entrado, em tudo, cordial, logo me pergunta de onde venho: Portugal! À minha revelação responde com prontidão: estive em Angola dois anos como médico. Fiquei maluco. Passei dois meses em Lisboa. Uma beleza de cidade. Os passeios com aquelas pedras miudinhas...

A companheira de mesa, muito mais jovem, não dizia palavra. Seria filha? Ingenuidade minha. Era, segundo ele, enfermeira no hospital onde ambos trabalhavam. Ganha-se mal e retirava da maleta, que mantinha ao alcance da mão, mais uma cerveja que sempre me oferecia. Eu recusava. A certa altura pergunto-lhe se tinha alguma nota de três pesos cubanos. Pediu-me que esperasse pois a companheira tinha idos aos ”banhos”.

Quando a jovem regressou segredou-lhe o meu pedido. A nota de três pesos não é nada fácil de encontrar. É aquela que ostenta a esfinge do Che. Em Cuba existem, hoje, na prática, duas moedas: o peso cubano e o “peso convertível”. Um “convertível” vale 24 “pesos cubanos” e foi criado, de facto, para substituir o dólar. Os salários são pagos em pesos cubanos. A partir de 2004 o dólar passou a ser penalizado com uma taxa de 11% face ao “peso convertível” e o euro estava a valer 1,22 “convertíveis”.

Finalmente o médico lá desencantou uma outra nota que não a do Che e ofereceu-ma. Quis pagar-lhe mas, à primeira, não aceitou. Mais tarde, surpresa das surpresas, com a chegada da minha família, retirou da maleta não uma cerveja mas uma manga, que fez questão de nos ofertar. À despedida, discretamente, passei-lhe para a mão cinco “pesos convertíveis”. Aceitou-os como se fosse a contrapartida de um negócio com um fim anunciado.

Mais tarde pudemos certificar-nos que a manga era, na verdade, tão saborosa como a vida é difícil em Cuba! (Continua)

Ler “Viagem a Cuba”, por Luiz Zanin, uma interessante opinião de viagem que subscrevo quase na íntegra.
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quarta-feira, agosto 8

CUBA - PONTOS FORTES

Posted by PicasaFotografia daqui

Enquanto os nossos interlocutores falavam, como guias ou cidadãos, interrogava-me, permanentemente, acerca da autenticidade das suas convicções. Na maioria dos casos revelavam-se profissionais sem mácula, noutros evidenciavam um empenho sempre moderado, e cauteloso, na defesa do regime. As suas palavras, nunca excessivas, correspondiam à realidade em, pelo menos, dois aspectos das políticas sociais do regime.

Não restam dúvidas acerca do elevado grau médio de qualificação, académica e profissional, dos cubanos, na sua esmagadora maioria nascidos após a revolução de 1959, nem sequer da excelência dos cuidados de saúde que o estado assegura à população. Não conheço os detalhes dos respectivos sistemas mas, a crer nas impressões recolhidas, e estas notas não reflectem mais do que impressões, nestas áreas Cuba pede meças a muitos dos países do chamado primeiro mundo.

Julgo que os indicadores, por exemplo, de longevidade, mortalidade infantil e natalidade, conjugados, colocam a Cuba os mesmos problemas e desafios do chamado envelhecimento demográfico com o qual se confrontam as democracias liberais do ocidente. Foi-me dito que o governo cubano prepara medidas para o enfrentar.

Mas é, ao mesmo tempo, facilmente reconhecido, que a economia cubana não poderá escapar, a breve prazo, a mudanças significativas. Veja-se, a título impressivo, que, em Cuba, não existe nem mercado de habitação, nem de meios de transporte, ou seja, ninguém vende nem compra casa, ninguém vende nem compra automóvel. A esmagadora maioria dos meios de produção, equipamentos e serviços são estatais.

Claro que há escassas excepções quase todas elas concentradas nos profissionais – de diversas áreas - que conseguem sair de Cuba, de forma legal, amealhando rendimentos excepcionais, e mesmo estes carecem, para comprar qualquer destes bens de consumo, de um ror de autorizações. Não falo dos altos responsáveis do estado pois acerca desses ninguém se atreve a falar fazendo aquele gesto tradicional de prudente silêncio passando os dedos pelos lábios.

Ao longo da viagem sempre me acompanhou o pensamento do modelo chinês. A China, apesar de não sofrer o embargo dos USA, não é propriamente uma democracia segundo a concepção ocidental. Mas, após a morte de Mao, em 1976, por coincidência o ano da minha primeira visita a Cuba – ainda não havia turismo – Deng Xiaoping propor o chamado “socialismo com características chinesas”, ou seja, uma espécie de capitalismo promovido pelo estado em “zonas económicas especiais”. Os resultados económicos em benefício da China, e do seu povo, estão à vista de todos!

É claro que a China é um continente longínquo e Cuba uma pequena ilha à ilharga dos Estado Unidos. (Continua)

Ver aqui alguns indicadores que, apesar de relativamente antigos, são bastante reveladores da situação económico social de Cuba.
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terça-feira, agosto 7

BCP

Posted by PicasaFotografia daqui

Alguns accionistas do BCP consideram que uma «sabotagem» pode ter estado na origem da falha do sistema informático de contagem de votos, que provocou o adiamento da assembleia-geral do banco. Segundo o jornal «Público», o Conselho Geral e de Supervisão analisou a questão.

Ora aqui está um caso extraordinário que se passou numa das mais importantes empresas privadas portuguesas. Se não desse para chorar dava para rir. Imaginem o que teria acontecido se tal desaforo se tivesse passado em qualquer órgão da administração pública! O que seria feito do governo! Dois comentários simples: 1) por que razão não chama a administração do BCP a autoridade pública encarregada da investigação criminal para esclarecer a estranha falha informática; 2) talvez o regresso do excelso ex-director geral dos impostos – Paulo Macedo – à casa mãe possa dar uma ajuda no combate à crise que acometeu o maior banco privado português. Pode ser que a sua experiência na administração pública possa ser útil ...
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HAVANA VELHA - O ENDEREÇO

Posted by PicasaFotografia daqui

Passeio pelo centro - “Havana Velha”. Duas sociedades que convivem: a dos turistas e a do povo cubano. O turismo é uma realidade, ao contrário do que muitos possam pensar, muito recente. O turismo, como actividade económica e social relevante, só emergiu após “a queda do muro”, nos anos 90.

Opulência e pobreza. Mesmo se a simpatia se exibe, com naturalidade, a pobreza não se esconde por detrás dos sorrisos. Está à vista de todos, nos rostos altivos, nas frases desencantadas, nas artimanhas para receber a “propina”, na semi arruinada cidade herdada pela revolução.

Mas “Havana Velha” vive e respira, trabalha e cria, nada tem a esconder, nem carências nem virtudes, nem tristezas nem alegrias, a pobreza não é uma superfície lisa, notam-se diferenças, estatutos e regalias, indecifráveis ao olhar do turista, sendo certo que o estado, que providencia tudo, também não permite a fome.

Dirão, os mais cépticos, se valerá a pena mudar de regime para que a pobreza continue mudando, embora, de qualidade. E a pergunta que me ocorre é: como vencer a pobreza sem mudar de regime? O povo aspira à mudança. É uma evidência. Mas que se desiludam aqueles que pensam como inevitável uma mudança drástica de regime após a morte política (e física) de Fidel.

No entanto impressionou-me a resposta de uma jovem quando lhe pedimos o endereço para lhe enviar uma fotografia: “correio electrónico: não temos!”. Só lhe estávamos a pedir, no entanto, a morada de correio tradicional. E perguntei-me a mim próprio: por quanto tempo será possível a uma sociedade manter os cidadãos afastados do correio electrónico? (Continua).
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segunda-feira, agosto 6

UMA VISITA A CUBA

Posted by PicasaFotografia daqui

Passei uns dias de férias em Cuba, cumprindo um desejo pessoal, e familiar, antigo e deu para entender, ao vivo, o que já sabíamos: o povo cubano tem esperanças numa mudança, expressa as suas opiniões, a título individual, com mil cuidados, evita falar em política mas é capaz de preconizar a necessidade de uma abertura económica. Fiquei com a sensação de ter visitado um museu onde se expõem peças de um modelo de sociedade que nunca existiu. Mas existe! Saindo à rua, convivendo, tanto quanto possível, com a realidade, não nos deixam de encantar as pessoas, evidenciando a expectativa de um futuro melhor, hábeis na arte de sobreviver, carentes de bens de consumo que nos são familiares, rostos sentidos e vozes quentes, por vezes, parecendo gente feliz entre ruínas. Será possível antever a transição pacífica, e gradual, de uma ditadura para a democracia? Uma velha pergunta que já obteve, ao longo da história, as mais diversas respostas. (Continua).
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sábado, agosto 4

BERGMAN

Posted by PicasaBergman

Não sabia de nada. Obituário muito menos. Acerca desta morte todas as notícias já foram dadas. Mas há algumas notícias que nos impressionam mais que outras. Um dia, muitos anos atrás, um amigo convidou-me a fazer crítica de cinema. Ele há coisas que nos acodem à lembrança com certas notícias. Não cheguei a iniciar a função. Não me interessei. Se me tivesse interessado poderia ter engrossado a legião dos “fazedores de opinião” e ter-me-ia habilitado a expender notícias provavelmente bem informadas. Não sei se vi todos filmes dele mas vi muitos. Alguns, nos primórdios, ajudaram a construir a sensibilidade de gerações. Não tenho muito boa impressão dos suecos. Mas este sueco era um criador do outro mundo.
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sexta-feira, agosto 3

REFERENDO E TRATADO EUROPEU

Posted by PicasaEuropa (2)

A oposição reclama a realização de um referendo acerca do futuro Tratado da União Europeia enquanto Pacheco Pereira apelida de “pequena glória mundana” a eventual designação do mesmo de “Tratado de Lisboa”. No entanto, nenhuma força política, com excepção de algumas luminárias extremistas, põe em causa a vocação europeia de Portugal e os fundamentos da participação de Portugal na UE. A excentricidade iberista de Saramago nada acrescenta ao caso.

[Artigo publicado na edição de hoje do “Semanário Económico” e que também pode ser lido, na íntegra, no IR AO FUNDO E VOLTAR.]
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PÚBLICOS

Posted by PicasaFotografia no A Defesa de Faro

De regresso. após um pequeno interregno estival acerca do qual falarei mais tarde, assinalo a abertura da “Exposição Públicos”.

Gente. Rostos curtidos pelo sol. Adivinham-se nos gestos as emoções, as alegrias pelas vitórias e as agruras pelas derrotas. Festa. Corpos recortados no ambiente meridional. O sol e a sombra, a plateia e o peão, de pé ou sentados, cheiramos a terra, a rua e o pelado. Público. A comunidade reunida em torno da sua paixão, sofrendo pela sorte dos seus ídolos. O indivíduo na multidão partilhando as emoções do jogo, individual ou colectivo, braços no ar, bandeiras desfraldadas, apupos e aplausos. Rivalidades e claques. Hino. O despertar das memórias que são o nosso património comum, imagens que retratam fragmentos da vida de heróis e de gente anónima. Esta exposição é um testemunho simples e autêntico. Cada fotografia é um espelho em que nos revemos na pertença a uma comunidade e nos faz lembrar que não há futuro sem passado.
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quarta-feira, julho 18

EXPERIÊNCIA II

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FIDEL CASTRO

O homem está vivo e, ao que tudo indica, pensa. É saudável, de vez em quando, dar uma olhadela à realidade por mais incómoda que ela possa ser.
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AEROPORTO NA CIDADE

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GOVERNO- RESPOSTA A SARAMAGO: FROUXA E TARDIA

Posted by PicasaSaramago

O governo português resolveu responder à proposta iberista de Saramago. Se me permitem a opinião – tão livre como a de Saramago – tenho dúvidas se Saramago merecia uma resposta a nível de governo.

Curiosamente Saramago opinou contra a independência nacional dias depois de Portugal ter assumido a presidência da União Europeia. Não sejamos ingénuos ao ponto de acreditar em coincidências.

Saramago encontrou uma fórmula para usar o prestígio da sua obra, cujos méritos não discuto, mas que o estado português ajudou a promover, para atacar o seu próprio país e fragilizar o papel político de Portugal na União Europeia.

A resposta política do governo português foi frouxa e tardia. Saramago foi grosseiro e mal agradecido, exibindo um livre pensamento eivado de ressentimentos. Se Saramago tivesse atacado a independência de Espanha, se acaso Espanha fosse a sua pátria, qual pensam que teria sido a resposta da sociedade espanhola e do seu governo central?
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terça-feira, julho 17

FERNANDES, BAGÃO E SARAMAGO, OU VICE VERSA ...

Posted by PicasaSaramago

Não sei se repararam, embora isso não tenha importância nenhuma, que, no domingo passado, votei, fui dar uma volta, fora de Lisboa, onde só agora regressei. Entretanto deu para ver os resultados eleitorais e, de notícias, pouco mais.

Hoje, no regresso, vi, numa “área de serviço”, a manchete do Público: “Vitória foi curta”, pois do JM Fernandes já tudo se pode esperar. O JM Fernandes, quem lhe paga e quem com ele colabora, sabe muito bem que, em democracia, não há vitórias curtas ou longas mas, simplesmente, vitórias ou derrotas. Mas a vida está difícil para todos …

Também me sobressaltei pelo facto de não ter visto o mandatário de Telmo Correia – Bagão Félix – em lado nenhum nas minhas curtas incursões pelas notícias da noite eleitoral. Agora fiquei mais tranquilo pois afinal também se apresentou no velório. Devo deixar cair um desejo, porventura um pouco mórbido, mas que os meus amigos compreendem: que não tenha sido o último e que haja coragem pois, apesar de tudo, o Telmo conseguiu ficar à frente do Garcia Pereira!

Também só agora li os comentários ao meu post acerca do delírio iberista de Saramago. Obrigada pois sempre é melhor, em tal matéria, ser questionado do que silenciado. Mas, deixando para depois um eventual retorno ao assunto, sempre quero reafirmar o que escrevi e confessar que me apetecia zurzir o homem até me doerem as mãos. Mas como entretanto, na viagem, ouvi o Jardim, apaziguei-me um pouco. Os castelhanos também levavam a Madeira? Boa!
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CASTRO MARIM - ALTURA

Posted by PicasaImagem Daqui

Fui um frequentador bastante assíduo da praia da Altura para férias em família mas, desde há dois anos, acabou. Nada justifica que a Câmara Municipal de Castro Marim, que tem uma configuração física excêntrica, para dispor no seu território de uma praia, a de Altura, não tenha resolvido uma questão básica: a do saneamento básico

E, ainda mais estranho é o silêncio, envolvendo esta grave situação, que agora foi quebrado com uma tomada de posição clara. É evidente que sempre se pode dizer que todos são responsáveis, blá, blá ,blá, ... mas a verdade é que, nos últimos anos, os empreendimentos turísticos cresceram como cogumelos, a Câmara é de maioria PSD, e os esgotam continuam a vazar na praia ….
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domingo, julho 15

Balanço possível dos resultados eleitorais de Lisboa. A abstenção, esperada, foi, apesar de tudo, demasiado alta; o PS (Costa/Sócrates), apesar de ser governo, ganhou, sozinho pela segunda vez na história; o PSD (Negrão/Marques Mendes) perdeu em toda a linha; os independentes (Carmona, em especial, e Roseta) ganham e, mais importante do que possa parecer à primeira vista, o PP (Telmo/Portas) é varrido para fora da área do poder. Daqui a dois anos logo se verá se a estratégia previsível de Costa - alianças flutuantes - sairá vitoriosa!

JUÍZO?

Posted by Picasa"Portugal acabará por integrar-se na Espanha"

José Saramago, "Diário de Notícias", 15-07-2007

Eu que estou quase no fim da leitura de “Afonso Henriques”, de José Mattoso, posso atestar o reforço da minha convicção profunda de que tal nunca acontecerá, pelos menos, nos próximos séculos. Saramago é um prodígio em declarações políticas excêntricas e, quiçá, auto promocionais. É um daqueles casos em que se poderá, com propriedade, dizer: “que já tem idade para ter juízo” caso não o tenha, de vez, perdido. Adiante!
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LEITURAS

Posted by PicasaLinha de Cabotagem

A Helena não se esqueceu e deixa-nos as suas últimas leituras e, entre elas, uma, pelo menos, já, há muito tempo, despertou a minha curiosidade:”A Memória dos Outros”.
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sábado, julho 14

COIMBRA

A mudança de residência de Afonso Henriques de Guimarães para Coimbra em 1131 constitui, no entanto, um facto da maior importância histórica, pelo seu significado próprio e pelas consequências que teve na vida nacional.
(…)
Assim a instalação de Afonso Henriques em Coimbra, ao mesmo tempo que confere uma força enorme à corrente cultural e institucional de carácter mediterrânico, encaminha o futuro país para a síntese que absorve não só a separação entre o condado de Portucale e o de Coimbra mas também a oposição cultural entre o Norte e o Sul, para os integrar numa só entidade política, apesar de nela continuarem a existir regiões com características bem diferentes umas das outras. As duas grandes regiões do Norte e do Sul, porém, tornam-se verdadeiramente complementares. Agem e reagem uma sobre a outra, como dois pólos opostos, mas indissoluvelmente ligados entre si por uma corrente que se alimenta da sua própria diferença.

In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, ”6. Coimbra”, pgs. 75/79 (20).
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sexta-feira, julho 13

VOTO NO COSTA (II)

Volto a uma questão que já anteriormente abordei no início desta campanha eleitoral para a Câmara Municipal de Lisboa.

Trata-se da ideia, expendida por Vasco Pulido Valente, citada pelo Da Literatura, da derrota inexorável de António Costa e, por arrastamento, de Sócrates e do PS. E o que diz VPV, entre considerações próprias da vulgata populista anti partidos:

“A campanha para a câmara também é um aviso para o PS e o PSD. Por mal que se pense de Helena Roseta, o facto subsiste que ela revelou uma incomodidade básica do eleitorado socialista com o governo de Sócrates. Se o resto da esquerda aguentar o voto, o resultado provável de António Costa é uma derrota de consequência: e não exclusivamente para ele.”

A resposta a esta ideia, luminosa, de que o vencedor mais do que provável é o perdedor inevitável, pode resumir-se à consulta do histórico das eleições autárquicas em Lisboa no decurso da III República.

O PS só ganhou, concorrendo a solo, a Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, nas primeiras eleições autárquicas, em 1976, elegendo Aquilino Ribeiro Machado. Nunca, em qualquer outra eleição, para a Câmara Municipal de Lisboa, no pós 25 de Abril, o PS ganhou a Presidência concorrendo sozinho.

Quer Jorge Sampaio, quer João Soares, foram eleitos presidentes da CML apoiados por coligações de esquerda, congregando o eleitorado do PS e do PCP, o que permite retirar a conclusão, simples e directa, que, caso António Costa, como todas as sondagens indicam, obtenha a maioria, simples ou absoluta, nestas eleições, será a segunda vez, que um candidato socialista é eleito presidente da CML apoiado, a solo, pelo PS.

Não enxergo onde se pode vislumbrar a derrota na vitória seja de quem for e muito menos em eleições democráticas que, caso sejam limpas, permitem ser declarado um vencedor nem que seja pela diferença de um voto. Ora, neste caso, o que é notável, quer pela história quer pela conjuntura política, é a unanimidade das sondagens apontando para uma vitória folgada de António Costa.

Onde está o problema? Vão proclamar a vitória da abstenção? Vão proclamar a vitória dos derrotados através da adição dos seus votos? O melhor é votar e esperar pelo resultado!
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NÃO QUERER

Posted by PicasaBill Kane - USA, b.1951

No Caderno de Poesia, da série Primeiros Poemas, Não Querer, com um poema de Jorge de Sena.
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António Costa sobe na última sondagem conhecida. Só há uma certeza: Costa vai ganhar, resta saber qual a expressão dessa vitória que depende, no essencial, da taxa de abtenção. Acrescento uma reflexão de bom senso acerca das sondagens em Lisboa.

quarta-feira, julho 11

VOTO NO COSTA

Posted by PicasaANTÓNIO COSTA

Quando oportunamente manifestei o meu apoio a António Costa, à frente da lista do PS à Câmara Municipal de Lisboa, cumpri um dever de cidadania.

Tal apoio foi acompanhado por um apelo para que os candidatos de todas as listas, além da declaração de interesses, que são obrigados a depositar no Tribunal Constitucional, fossem mais além declarando abdicar de todas as funções e actividades profissionais que, directa ou indirectamente, pudessem lançar suspeitas acerca da transparência das suas ambições políticas.

Tempos atrás o Arquitecto Manuel Salgado, nº 2 da lista do PS, fez uma declaração nesse sentido que, do meu ponto de vista, é satisfatória face à observância do princípio da transparência. Não me dei conta que qualquer outro candidato, de qualquer lista, tenha seguido o mesmo caminho.

O Dr. Marques Mendes, líder do PSD, partido que geriu, de forma desastrosa, a Câmara de Lisboa desde finais de 2001, foi obrigado a optar por uma candidatura encabeçada por Fernando Negrão. Com todo o respeito por Fernando Negrão, que é uma pessoa estimável, ficou claro, desde o início, que se trata de uma candidatura perdedora.

Seja qual for o diferencial de votos expressos, a dimensão do fenómeno abstencionista, a maledicência contida nos ataques à candidatura de Costa, e ao seu mandatário, nada deverá salvar Marques Mendes de sofrer uma derrota, restando saber se o PSD conseguirá segurar o 2º lugar ou se vai cair para o3º, ou mesmo 4º.

A partir do dia 15 de Julho muita coisa pode mudar no panorama da oposição ao Governo maioritário apoiado pelo PS. Tal como em Dezembro de 2001 a derrota do PS, em Lisboa e no Porto, ditaram a demissão de Guterres, no dia 15 o resultado da eleição de Lisboa pode ditar, sejamos claros, a queda de Marques Mendes.

Estou convencido que Sócrates é o último a desejar essa queda antes preferindo que o PSD sendo derrotado, não seja humilhado, para que não surja daí uma crise interna grave na sua liderança. Mas é difícil antever sucesso no alívio das dores do PSD neste difícil parto eleitoral.

Estou convencido que os maiores adversários do PS são, em primeiro lugar, a abstenção, com a cumplicidade do próprio Estado, através da inacção da Comissão Nacional de Eleições, e, em segundo lugar, as candidaturas independentes que buscam, através de um discurso anti partidos captar, de forma mais ou menos subtil, o desencanto dos cidadãos face à politica.

Mas o que está em causa, nestas eleições, é encontrar uma liderança mobilizadora para a Câmara Municipal de Lisboa capaz de iniciar, de forma séria e determinada, a resolução dos graves problemas em que a gestão da direita mergulhou Lisboa. Essa liderança, nas actuais circunstâncias, só pode ser assumida por António Costa em cuja candidatura depositarei o meu voto.
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