De que céu, se o céu em que desfaço
as mãos em flores, que trazia, parte
hei de esperar que pare este mudar-se
de outras claras manhãs nesta tristeza?
Alto sonhamos com imóveis águas,
setembros permanentes, garças fixas,
mas os olhos e as mãos nada conquistam,
e enegrece na mesa a maçã limpa.
Carda o rude luar a lã noturna.
A vida é só, e o pranto, pequenino.
Que fazer deste rastro sem sentido
que vem ao homem e parte do menino?
Alberto da Costa e Silva
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