Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, outubro 29
ASNEIRA
Eu também me dei ao trabalho de ler, com atenção, o Manifesto Presidencial de Cavaco que está linkado num post anterior.
VPValente, como de costume, não poupa palavras. Muitas vezes não estou de acordo. Mas desta vez fez-me trazer à memória aquilo que senti ao ler o Manifesto mas que não me ocorreu logo traduzir pela palavra exacta: parece uma redacção, mas não sendo uma redacção, é uma asneira.
Parece que o candidato desconfia da capacidade de entendimento dos seus potenciais eleitores acerca do que está em jogo nas eleições presidenciais. Para Cavaco é um problema ter de falar, afirmar ao que vem, no fundo, as eleições, elas mesmas, são um problema.
E ainda não chegou a hora dos debates!
"Não sendo nem uma redacção, nem um dicionário, o manifesto [de Cavaco Silva] só pode ser uma asneira. Passa por um programa de governo, promete a Lua, acicata a esperança de um milagre para o dia em que o dr. Cavaco subir gloriosamente aos céus. No fundo, agrava o pior problema do presuntivo Presidente Cavaco: a desilusão e a fúria do país quando constatar que ele não mudou, nem consegue mudar, coisa nenhuma. Tretas de agora, penas de amanhã. O manifesto é um mistério"
Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 29-10-2005
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