Fotografia de Ernesto Timor
Camus, no imediato pós guerra, acerca de uma mensagem de Pio XII:
“O Papa acaba de dirigir ao mundo uma mensagem em que toma abertamente posição a favor da democracia. Há que nos felicitarmos por isso.
(…)
Há muitos anos que esperávamos que a maior autoridade espiritual do nosso tempo condenasse em termos claros os actos das ditaduras. Em termos claros, repito. Porque tal condenação pode ressalvar de algumas encíclicas, desde que devidamente interpretadas.
(…)
Esta mensagem contra Franco, era nosso desejo tê-la ouvido em 1936, para que Georges Bernanos não tivesse de falar e amaldiçoar.
(…)
Quem somos nós, afinal, para nos atrevermos a criticar a mais alta autoridade espiritual deste século? Nada mais, justamente, do que simples defensores do espírito, que sentem por isso uma infinita exigência para com aqueles cuja missão é representar o espírito.”
Albert Camus – “Combat, 26 de Dezembro de 1944”)
Camus, no imediato pós guerra, acerca de uma mensagem de Pio XII:
“O Papa acaba de dirigir ao mundo uma mensagem em que toma abertamente posição a favor da democracia. Há que nos felicitarmos por isso.
(…)
Há muitos anos que esperávamos que a maior autoridade espiritual do nosso tempo condenasse em termos claros os actos das ditaduras. Em termos claros, repito. Porque tal condenação pode ressalvar de algumas encíclicas, desde que devidamente interpretadas.
(…)
Esta mensagem contra Franco, era nosso desejo tê-la ouvido em 1936, para que Georges Bernanos não tivesse de falar e amaldiçoar.
(…)
Quem somos nós, afinal, para nos atrevermos a criticar a mais alta autoridade espiritual deste século? Nada mais, justamente, do que simples defensores do espírito, que sentem por isso uma infinita exigência para com aqueles cuja missão é representar o espírito.”
Albert Camus – “Combat, 26 de Dezembro de 1944”)
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“Público” acerca de uma intervenção recente de Bento XVI:
“Numa intervenção na Universidade de Regensburg, onde no passado leccionou, o Papa explorou as diferenças históricas e filosóficas entre o Islão e o Cristianismo e a relação entre violência e fé. A certa altura, citou um imperador bizantino do século XIV (Manuel II Paleólogo), segundo o qual Maomé trouxe ao mundo coisas "más e desumanas, como o direito a defender pela espada a fé que ele persegue". O Papa sublinhou, por duas vezes, que a expressão era uma citação. Mas as reacções não se fizeram esperar.”
“Público” acerca de uma intervenção recente de Bento XVI:
“Numa intervenção na Universidade de Regensburg, onde no passado leccionou, o Papa explorou as diferenças históricas e filosóficas entre o Islão e o Cristianismo e a relação entre violência e fé. A certa altura, citou um imperador bizantino do século XIV (Manuel II Paleólogo), segundo o qual Maomé trouxe ao mundo coisas "más e desumanas, como o direito a defender pela espada a fé que ele persegue". O Papa sublinhou, por duas vezes, que a expressão era uma citação. Mas as reacções não se fizeram esperar.”
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