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Sinto as ruas da infância as pedras gotas de água
Ângulos gritos silêncios de dorida e surda mágoa
A terra fremente nos pés o pó do carvão ardendo
Frio da manhã fumos soltos vento o sol nascendo
As suas mãos tão firmes tomando as minhas mãos
E as rugas do tempo na sua face ao longe sorrindo
Lisboa, 24 de Setembro de 2006
3 comentários:
Mesmo nas infâncias menos felizes a memória guarda sempre uns sorrisos dessa altura da vida de todos nós, por vezes mais tarde é que percebemos que esses sorrisos infantins eram mesmo só os nossos!
Até sempre!
PORTO, 2006.09.24
"Wonderful poetry..." E como há dias te referiste ao poeta olhanense João Lúcio aí vai uma quadra desse talento:
Oh meu ardente Algarve impressionista e mole,
Meu lindo preguiçoso adormecido ao sol,
Meu louco sonhador a respirar quimeras,
Ouvindo, no azul, o canto das esferas...
JS
Do tempo para o tempo.
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