quarta-feira, março 26

BOAS NOTÍCIAS NA FRENTE DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Joseph McDonald

Há precisamente um ano atrás escrevi um artigo intitulado “DOIS ANOS DE GOVERNO: SINAIS DE ESPERANÇA” no qual assinalava o reconhecimento, por parte da União Europeia, do sucesso da consolidação orçamental encetada pelo governo socialista:

É bom lembrar que os governos da maioria de direita de José Manuel Barroso/Manuela Ferreira Leite e Santana Lopes/Bagão Félix, ao longo de três (3) anos, deixaram um deficit das contas públicas, em 2005, superior a 6%.
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Ora a verdade é que um dia destes o Comissário Joaquín Almunia veio a público dar um forte sinal de confiança na política reformista do governo socialista confirmando o sucesso do programa de consolidação orçamental que deverá ultrapassar o objectivo previsto do deficit de 4,6%, em 2006 (que se fixou em 3,9%), abrindo caminho para alcançar os objectivos de 3,7%, em 2007 e inferior a 3%, em 2008.

No dia em que é apresentado o deficit público, referente ao ano 2007, podemos dizer, sem ponta de exagero, que o governo superou largamente as expectativas; em lugar do deficit previsto para 2007 de 3,7%, o resultado, hoje apresentado, foi de 2,6 %; em vez de uma previsão, para 2008, “inferior a 3%”, a previsão apresentada é de 2,2%.

Mais importante do que tudo, no plano da sociedade, da economia e da política, é o facto do governo ter ganho margem de manobra para, por via da política fiscal, combater os previsíveis efeitos da crise financeira internacional na desaceleração do crescimento económico nacional.

Todas as medidas de desagravamento fiscal, que se antevêem no horizonte, pelo menos, a já anunciada descida do IVA de 21 para 20%, apesar da sua moderação, vão ser denegridas e combatidas pelas oposições mas, como está escrito nas estrelas, serão bem acolhidas pelas empresas e pelos cidadãos. Como diria o outro: é a vida!
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2 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vitória de Pirro. Os "sucessos" da macro economia não disfarçam as más classificações nos "rankings" internacionais. Em sectores vitais, continuamos a divergir em relação à Europa desenvolvida: mais pobreza, mais endividamento, pior saúde, pior educação, pior justiça, mais corrupção, clientelas políticas fomentadas pelo PS, piores políticas de meio-ambiente, quedas nos indicadores do PNUD e da Eurostar, etc... Baixar o IVA 1% é ridículo e não compensa a perda de compra e de competividade dos consumidores e das empresas nacionais. O resto é conversa fiada.

Eduardo Graça disse...

Pois o que lhe desejo, cara ou caro anónimo, é que tenha saúde para disfrutar da liberdade da afirmar o que lhe aprouver ... mas posso avisá-lo (la) que já pode sair da clandestinidade ...