sábado, março 3

DANÇA


Falta-me muito coisa para saber colher
Os ecos do silêncio e hoje o meu corpo
Deambula afastado dos sons ancestrais
Entre hiatos de olhares que o desejam

24/02/2007
.

sexta-feira, março 2

NAIDE GOMES / NELSON ÉVORA

Posted by PicasaNaide Gomes (campeã em 2005)

Amanhã, nos europeus de pista coberta em atletismo, Naide Gomes (salto em comprimento) e Nelson Évora (triplo salto) vão, quase certamente, ganhar medalhas. Eles fazem parte da nata dos nossos atletas de alta competição e provam que há mais desporto para além do futebol.

FAMILIA SUPERNUMEROSA

Posted by PicasaImagem daqui

Brad Pitt y Angelina Jolie ultiman los papeles para aumentar en otro miembro su ya de por sí numerosa prole.

JOÃO CABARL DE MELO NETO

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Escrevendo escre
vendo mal ch
ama à sorte a cor
nada que
o destino traz
consigo

Virgílio Alberto Vieira
.

quinta-feira, março 1

DOIS ANOS DE GOVERNO: SINAIS DE ESPERANÇA

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Dois anos após as eleições legislativas que deram, pela primeira vez, a maioria absoluta aos socialistas, poucos devem ter acreditado que seria possível, em tão curto espaço de tempo, inverter as expectativas negativas que se tinham adensado sobra a economia e os governos de Portugal, em particular, no que respeita às finanças públicas e às reformas estruturais incluindo a do estado.

Não sei avaliar, com rigor (alguém sabe?), qual a verdadeira dimensão e profundidade desse processo de reformas; sei de algumas das suas vicissitudes e vícios como a “deriva fiscal”; não sei da real capacidade da sociedade civil para acomodar o choque das mudanças, como o aumento inevitável do desemprego, mas sei que estamos no limiar de um tempo que exige a criação de um novo paradigma de estado e de um novo modelo de relação entre o estado e a sociedade civil.

Em democracia a afirmação do “bom governo” não pode prescindir da crítica ideológica, da oposição política e do contraditório da opinião pública. Nada mais certo. Neste cenário de inevitável refrega política, as reformas vão no bom sentido se visarem recriar um estado que ultrapasse a extraordinária capacidade destruidora da inércia que acumulou ao longo de decénios. Um estado que elimine, ou atenue, o impacto das mensagens negativas lançadas contra aqueles que ousam contrariar o imobilismo.

Um estado que estimule a iniciativa individual dos cidadãos e a auto determinação da sociedade civil. Um estado que assuma o combate à inércia das instituições, em particular, das instituições públicas, irradiando o parasitismo que nelas, de alto a baixo, se instalou sem criar novas formas de parasitismo.
.
Ler, na integra, no "Semanário Económico" e no IR AO FUNDO E VOLTAR
.

BENTO MORREU

.

O GOVERNADOR, A REMUNERAÇÃO E O RESTO

Posted by PicasaImagem daqui

O Dr. Victor Constâncio, governador do Banco de Portugal, foi citado a propósito da sua remuneração. Cada um se remedeia como pode e sabe e, pelo que conheço, trata-se de alguém cuja competência e honestidade ninguém questiona e que não descuida nem o seu mister, nem os seus interesses pessoais. Faz muito bem. Ponto final.

O problema das remunerações de base, e regalias, dos administradores do BP é uma velha questão e nem me dou ao trabalho de elencar os anteriores titulares de altos cargos públicos, além de governadores e administradores do BP, responsáveis pela presente situação, entre os quais se encontram figuram cujo percurso, pós BP é, nalguns casos, surpreendente.

O que vem agora ao caso é a chamada “disfunção remuneratória” que o Director Geral dos Impostos personificou, de forma vincada, nos últimos tempos, e que o Governador do BP reforça devendo, no entanto, levar-se em conta que o caso deste ultimo é diferente, por todos os motivos, desde a natureza da função até à natureza do vínculo.

Mas o que, na verdade, quero referir é que há remédios – como nas OPA’s – para a chamada “disfunção remuneratória”, sem beliscar o princípio da diferenciação positiva, ou seja, remunerações diferentes para funções diferentes e ordenadas diferenciados por níveis da qualidade de desempenho, caso tal filosofia venha a ser, como seria desejável, aplicada na administração pública.

O verdadeiro problema é que a “disfunção remuneratória” tem a montante a questão das remunerações dos titulares de cargos políticos, impróprias e impensáveis, face às exigências do exercício de responsabilidades políticas ao nível de um PR, PM, PGR, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, só para dar alguns exemplos.

Os 5.000 e tal euros mensais que aufere o primeiro-ministro é uma bizarria ficando aquém da remuneração de muitas cabeleireiras, ou massagistas, da nossa praça que nem recibos passam. Não estou a brincar e quem quiser dar-se ao trabalho de fazer umas contas simples, em particular as senhoras, chegará à mesma conclusão.

Alguém que tenha a coragem de tomar a iniciativa de corrigir a “disfunção remuneratória” da administração pública começando por aumentar as remunerações dos titulares dos cargos políticos. É uma lista curta, fácil de elaborar, difícil de defender, mas os políticos eleitos existem para tomar medidas difíceis, porque um dia alguém vai ter de desatar este nó da nossa democracia …
.

quarta-feira, fevereiro 28

EDUARDO ALBERTO FERRO RODRIGUES

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Quando Eduardo Alberto Ferro Rodrigues, faz um ano, morreu fiquei consternado. Escrevi um post, porque senti a necessidade de expressar o meu sentimento e nem me preocupei com as notícias que saíram.

Mas nunca é tarde para fazer justiça à faceta de escritor de mérito de Ferro Rodrigues. É o que faz José do Carmo Francisco. Assino por baixo.
.

A DEFESA DE FARO

.

MALFEITORIAS

Posted by PicasaImagem daqui

Hoje chamou-me a atenção um artigo de Graça Moura, publicado no DN, no qual começa por afirmar:

Como se lê no DN de 22 de Fevereiro, "Pinto Monteiro sustenta, em tese, que um executivo municipal não pode cair por uma suspeita que, depois, se venha a revelar infundada". Estou de acordo com o sentido da ideia de Pinto Monteiro que Graça Moura toma em defesa da sua dama, ou seja, de Carmona e companhia.

Mas o que mais impressiona é o argumentário trauliteiro de Graça Moura a propósito do que designa por “gritaria exaltada, demagógica, hipocritamente virtuosa e justicialista, dos vários quadrantes de uma oposição que mais se diria uma alcateia desvairada do que parte de um executivo municipal digno desse nome.”

E, para caracterizar a postura política de todos os outros, com excepção dos virtuosos autarcas do PSD, dispara a “virulência sem escrúpulos” eivada de “acusações e de insinuações, com propósitos evidentes de desagregação da sua imagem [da Câmara] e de criação de um intolerável descrédito quanto a ela. Um objectivo puramente político, portanto, que recorre à baixeza da imputação de malfeitorias como instrumento habitual da sua estratégia.”

Ora o mesmo se poderia dizer dos homenzitos do partido de Graça Moura, e do seu ex-satélite da extrema-direita, a respeito de diversos processos que correm os seus trâmites e que tomaram, e nalguns casos, ainda tomam, como alvo, alguns daqueles da mesma área política dos que ele acusa de instintos malignos.

Se olhasse para a sua casa político/partidária, e redondezas, com mais cuidada atenção, Graça Moura poderia escrever exactamente o mesmo tomando os seus correligionários como alvos das mesmíssimas diatribes.

É uma pena … que a Ulisseia esteja pejada desses animais predadores mas eles, a mais das vezes, juntam-se, sem distinção de credo ideológico ou partido, em torno da defesa de interesses pelos quais são capazes de todas as malfeitorias.

Por fim Graça Moura informa que o inefável arquitecto do SOL já tinha tomado para si o animal mais apropriado para qualificar essa oposição de malfeitores que, por acaso, até foram alvo de tentativas de suborno segundo foi amplamente noticiado, e nunca infirmado, pelas autoridades competentes. Talvez o regresso de Dr. Portas e, quiçá, mais tarde, do Dr. Barroso, possa repor a ordem zoológica na selva para que, de novo, se possa ouvir, na cidade capital e no país, o trinar dos passarinhos e o ronronar das estrofes de um dos nossos mais insignes poetas.

E culmina, usando Aquilino, (que se estivesse vivo aposto que o desancaria!) com esta interessantíssima gincana zoológica:

“Este artigo já estava escrito quando o Sol de sábado passado publicou o editorial de José António Saraiva, "Carmona e os chacais". Decidi por isso alterar o meu título, que inicialmente era "O tempo das hienas", para outro, de sabor mais aquiliniano. Mas também podia ter escolhido "A lei da selva" ou "A alcateia". Em qualquer caso, lobos, hienas ou chacais são espécies zoológicas predadoras a que a formosa Ulisseia não pode ficar entregue.”
.

MARINHA

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Com o oceano do Norte é que se fala só,
cúmplice da escorregadia vegetação que
nos habita.

Desfaz-se o vulto dos navios,
na distância,
lança o farol os seus feixes rasantes.

Não acha fim, por isso, a oração que levamos.

Mário Cláudio
.

terça-feira, fevereiro 27

SUPER CTT s

Posted by PicasaImagem daqui

Uma ressonância de 4 de Setembro de 2006: “Suas Excelências os CTTs” a propósito deste simplexmente ctt.

É que se espalhou, na nossa sociedade, não sei explicar porquê, a ideia de que os CTT s são um exemplo de modernidade e bom serviço. Pois é: Multibanco só na estação dos Restauradores, e vais com sorte!!!

URGÊNCIAS

Posted by PicasaPhilippe Pache

Não vi os “Prós e Contras” de ontem. Estive ocupado numa discussão com o meu filho acerca da magna questão da corrupção. O mais difícil foi destrinçar o conceito de corrupção das questões colaterais inclusive os circuitos financeiros. Daí passamos para as funções de estado, a “troca directa”, a moeda, as finanças, a banca, o estado social, …

Fui-me lembrando de como a enxerga não sai do imaginário do nosso povo. Uma urgência hospitalar inválida para cuidar dos casos verdadeiramente urgentes, ou seja, que não passa de um SAP com título de nobreza hospitalar, pode ser a menina dos olhos do povo. E os autarcas cuidam de tomar em mãos, em nome do povo, a defesa da enxerga …
.

LUZIM

Posted by PicasaFotografia de Margarida Ramos

UMA VISTA DOS CAMPOS DE LUZIM

BAGDAD

Posted by PicasaFotografia daqui

Isto é que é um trabalho asseado em prol da pacificação do Iraque. A administração Bush tem feito milagres promovendo as mais imaginosas fórmulas de terrorismo. Um atoleiro. Uma guerra civil. Exagero? Talvez o pior ainda esteja para vir.
.

segunda-feira, fevereiro 26

PRESIDENCIAIS FRANCESAS

Posted by PicasaFotografia daqui

« Le sursaut du patriotisme socialiste » : Jean Daniel analisa a unidade dos principais dirigentes do Partido socialista francês em torno da candidatura presidencial de Ségolène Royal.

No “margens de erro” o quadro actualizado com a cronologia das sondagens confirmando a recuperação de Ségolène Royal.

Quase tudo acerca de Ségolène Royal e das mulheres presidentes.
.
.

25 DE ABRIL DE 1974

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Há dias em que os dentes se descerram
deixa o sangue de correr pelas avenidas

Há dias em que a morte se protege
da fúria desse sangue redivivo

Há dias que nascem sem um nome
e é preciso baptizá-lo sem demora
com um nome de flor ou de miragem

Há dias em que o sol muda de casa
para os bairros silenciados da cidade

Há dias que se tingem de vermelho
com risos e palavras inauditas

Há dias em que as praças se levantam
num tumulto de gestos com sentido

Há dias que se enchem de ambição
civil mas nua como um eco

Há dias em que o silêncio se cala
e uma voz ergue um canto nunca ouvido

João Pedro Mésseder
.

domingo, fevereiro 25

FOTOGRAFIA DE FAMÍLIA

Posted by PicasaFotografia de Família

O meu sobrinho Nuno publica hoje, no “A Defesa de Faro”, o post: “O meu Irmão Dimas Morreu”, assinalando o 2º aniversário da morte do seu pai.

A efeméride é triste, a fotografia é uma preciosidade para mim, o sobrevivente, e o texto que a acompanha revela, de forma breve, o que penso e sinto acerca de meu irmão.

Mas o tempo não para e o mais que valem estas evocações é o que delas poderão beneficiar os mais novos, os nossos filhos, e os filhos de nossos filhos. Eles aí estão, e não são poucos, para prosseguir, ao longo da vida, os valores que lhes sejam legados.

Desses valores prezo, acima de todos, a liberdade, sem a qual a justiça não faz sentido, e a honradez, sem a qual a riqueza é uma miragem.
.

SONDAGENS II

Posted by PicasaFotografia daqui

A última sondagem a respeito das presidenciais francesas, divulgada hoje, aponta para uma aproximação entre os dois principais candidatos: Ségolène Royal et Nicolas Sarkozy:

“Selon l'Ifop, chacun des deux candidats recueillerait 28% des voix au premier tour. Au second, Nicolas Sarkozy l'emporterait par 50,5% contre 49,5%. François Bayrou serait à 17%, Jean-Marie Le Pen à 11,5%. »

A sondagem é divulgada pelo “Journal du Dimanche” com acesso restrito a assinantes. O resultado das sondagens pode ser consultado no “margens de erro”.

Tudo leva a crer que Royal, nos últimos tempos, recuperou terreno mas quer-me parecer que tudo vai depender da capacidade de atracção dos candidatos François Bayrou e Jean-Marie Le Pen, respectivamente, sobre o centro esquerda e a direita.
.

SONDAGENS I

Posted by PicasaSimon Gris

O tema foi-me suscitado, tardiamente, pelo artigo de NBS no DN de hoje. Como soe dizer-se as sondagens são o que são, valem o que valem, mas ninguém prescinde delas para tomar decisões.

E além do mais é a chamada gestão das expectativas. O caso em apreço tem sido glosado pelo facto, considerado extraordinário, de um partido de governo, a meio de mandato, subir nas intenções de voto:

“O PS subiu quatro pontos percentuais no Barómetro Marktest para o DN e TSF, hoje divulgado, reforçando a maioria absoluta, enquanto o PSD desceu um ponto percentual e o CDS registou a maior queda, com menos três pontos.”

Para quem quiser fazer uma reflexão mais aprofundada sempre pode aceder ao “margens de erro”.

Uma coisa é certa: o PS e o Primeiro-ministro gozam ainda de um razoável “estado de graça”. Mesmo que queiramos descrer das sondagens as tendências são muito marcadamente favoráveis à actual maioria.

Já todos os comentadores deram as suas explicações. O que se passa? Duas palavras e uma frase: credibilidade, “sim” e “o que tem que ser feito tem muita força”.
.