Fotografia de Hélder Gonçalves
Há dias em que os dentes se descerram
deixa o sangue de correr pelas avenidas
Há dias em que a morte se protege
da fúria desse sangue redivivo
Há dias que nascem sem um nome
e é preciso baptizá-lo sem demora
com um nome de flor ou de miragem
Há dias em que o sol muda de casa
para os bairros silenciados da cidade
Há dias que se tingem de vermelho
com risos e palavras inauditas
Há dias em que as praças se levantam
num tumulto de gestos com sentido
Há dias que se enchem de ambição
civil mas nua como um eco
Há dias em que o silêncio se cala
e uma voz ergue um canto nunca ouvido
João Pedro Mésseder
Há dias em que os dentes se descerram
deixa o sangue de correr pelas avenidas
Há dias em que a morte se protege
da fúria desse sangue redivivo
Há dias que nascem sem um nome
e é preciso baptizá-lo sem demora
com um nome de flor ou de miragem
Há dias em que o sol muda de casa
para os bairros silenciados da cidade
Há dias que se tingem de vermelho
com risos e palavras inauditas
Há dias em que as praças se levantam
num tumulto de gestos com sentido
Há dias que se enchem de ambição
civil mas nua como um eco
Há dias em que o silêncio se cala
e uma voz ergue um canto nunca ouvido
João Pedro Mésseder
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1 comentário:
Estou de partida, Eduardo, se encontrar net e com a frequência que as viagens o permitem darei aqui um salto. Um abraço
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