Fotografia de Hélder Gonçalves
Dois anos após as eleições legislativas que deram, pela primeira vez, a maioria absoluta aos socialistas, poucos devem ter acreditado que seria possível, em tão curto espaço de tempo, inverter as expectativas negativas que se tinham adensado sobra a economia e os governos de Portugal, em particular, no que respeita às finanças públicas e às reformas estruturais incluindo a do estado.
Não sei avaliar, com rigor (alguém sabe?), qual a verdadeira dimensão e profundidade desse processo de reformas; sei de algumas das suas vicissitudes e vícios como a “deriva fiscal”; não sei da real capacidade da sociedade civil para acomodar o choque das mudanças, como o aumento inevitável do desemprego, mas sei que estamos no limiar de um tempo que exige a criação de um novo paradigma de estado e de um novo modelo de relação entre o estado e a sociedade civil.
Em democracia a afirmação do “bom governo” não pode prescindir da crítica ideológica, da oposição política e do contraditório da opinião pública. Nada mais certo. Neste cenário de inevitável refrega política, as reformas vão no bom sentido se visarem recriar um estado que ultrapasse a extraordinária capacidade destruidora da inércia que acumulou ao longo de decénios. Um estado que elimine, ou atenue, o impacto das mensagens negativas lançadas contra aqueles que ousam contrariar o imobilismo.
Um estado que estimule a iniciativa individual dos cidadãos e a auto determinação da sociedade civil. Um estado que assuma o combate à inércia das instituições, em particular, das instituições públicas, irradiando o parasitismo que nelas, de alto a baixo, se instalou sem criar novas formas de parasitismo.
Dois anos após as eleições legislativas que deram, pela primeira vez, a maioria absoluta aos socialistas, poucos devem ter acreditado que seria possível, em tão curto espaço de tempo, inverter as expectativas negativas que se tinham adensado sobra a economia e os governos de Portugal, em particular, no que respeita às finanças públicas e às reformas estruturais incluindo a do estado.
Não sei avaliar, com rigor (alguém sabe?), qual a verdadeira dimensão e profundidade desse processo de reformas; sei de algumas das suas vicissitudes e vícios como a “deriva fiscal”; não sei da real capacidade da sociedade civil para acomodar o choque das mudanças, como o aumento inevitável do desemprego, mas sei que estamos no limiar de um tempo que exige a criação de um novo paradigma de estado e de um novo modelo de relação entre o estado e a sociedade civil.
Em democracia a afirmação do “bom governo” não pode prescindir da crítica ideológica, da oposição política e do contraditório da opinião pública. Nada mais certo. Neste cenário de inevitável refrega política, as reformas vão no bom sentido se visarem recriar um estado que ultrapasse a extraordinária capacidade destruidora da inércia que acumulou ao longo de decénios. Um estado que elimine, ou atenue, o impacto das mensagens negativas lançadas contra aqueles que ousam contrariar o imobilismo.
Um estado que estimule a iniciativa individual dos cidadãos e a auto determinação da sociedade civil. Um estado que assuma o combate à inércia das instituições, em particular, das instituições públicas, irradiando o parasitismo que nelas, de alto a baixo, se instalou sem criar novas formas de parasitismo.
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Ler, na integra, no "Semanário Económico" e no IR AO FUNDO E VOLTAR
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