quarta-feira, março 7

A CASA

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Um pátio vazio, inúteis carregamentos de pedras,
sobrescritos rasgados,
eis a minha casa.

Noites a fio leituras até altas horas
uvas
sonhos que pouco a pouco se aproximam de
escarpas
sem pronunciar palavra.

Chegaste. Na televisão alguém
parecia muito só
ao sorrir para os teus olhos.

Jorge Gomes Miranda
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PENA DE MORTE

Posted by PicasaPaula RegoPieta, 2002

Todas as pessoas têm uma vida para viver e não merecem, seja qual for a sua atitude perante ela, que lha tirem. Seja qual for o seu comportamento social cada um merece que a sociedade lhe reconheça a inocência antes que se prove, com o máximo de prudência, a culpa.

Todos os seres humanos merecem a vida mesmo que, nos limites do desespero ou do ódio, a não respeitem. Os julgamentos na praça pública, antes circunscritos ao diz que se disse na rua, no bairro ou no trabalho são hoje, impune e sistematicamente, executados pela comunicação social tornando-se na maior vergonha da nossa vida pública dita civilizada.

A pena de morte foi abolida em muitos países, e no nosso em primeiro lugar, mas subsiste um extraordinário sucedâneo da pena capital, aplicada com crueldade e cinismo, a notícia assassina que uma vez proclamada, e repetida à saciedade, visando eliminar alguém, permite a sobrevivência do corpo mas mata a liberdade do espírito. Lembrei-me, vezes sem conta, por estes dias, desta realidade macabra a propósito dos chamados processos judiciais mediáticos.

Escrevo a propósito do que diz CATATAU e acrescento, alargando ao universo das condenações mediáticas do nosso tempo, o que Camus escreveu, no seu tempo, acerca da pena de morte nas “Reflexões acerca da Guilhotina”: “Il éclate au contraire qu’elle [la peine de mort] n’est pas moins révoltante que le crime, et que ce nouveau meurtre, loin de réparer l’offense faite au corps social, ajoute une nouvelle souillure à la première […]

Nos nossos dias as notícias publicadas que insinuam ou acusam de criminoso alguém antes de qualquer acto probatório da justiça formal são, mais do que calúnias, novas formas de pena de morte que os cidadãos livres devem combater por todos os meios e com todas as suas forças.
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terça-feira, março 6

Os Políticos e as Políticas

Posted by PicasaImagem daqui

A ler o artigo de Teodora Cardoso: Os Políticos e as Políticas. Deixo a abertura e a parte final.

Num artigo de há alguns anos, o Banco Mundial interrogava-se sobre a razão que levaria tantos bons políticos – isto é, os que compreendem, tanto intuitiva como substantivamente, o que são as boas práticas e têm as melhores intenções com respeito a proporcionar uma vida melhor aos seus concidadãos...
(…)
É particularmente impressionante o facto de, ao longo dos anos, Portugal não ter feito qualquer progresso em matéria de distribuição do rendimento, permanecendo o país mais desigual dos 15 (e só marginalmente ultrapassado pela Polónia entre os novos Estados membros para que existe informação), a despeito do crescimento da riqueza do país e do aumento da carga fiscal.
É claro que o problema é difícil e é também evidente que não é possível resolvê-lo procurando manter os condicionalismos passados, que levam a que tudo corra bem apenas quando as conjunturas e os apoios externos são de tal modo favoráveis que ocultam o que está mal. Na situação actual, persistir nesse caminho apenas reduz a capacidade de crescimento do emprego e do rendimento e agrava as ineficiências, os desperdícios e as desigualdades. Alterá-los pressupõe, contudo, o aumento da confiança e da coesão social.
Para retomar o raciocínio dos técnicos do Banco Mundial, os bons políticos portugueses – no governo ou na oposição – serão os que se mostrarem capazes de actuar sobre estas variáveis e de compreender que elas são mais importantes que a conquista do poder no curto prazo. Por um lado, já se tornou claro que, em democracia – felizmente! – o poder (ou a oposição) nunca duram muito; por outro, é tempo de perceber que o impacto duradouro das políticas não pode basear-se apenas na sua popularidade imediata, mas tem de contribuir para a construção de modelos eficientes e sustentáveis. Tais modelos têm, mais do que nunca, de assumir o carácter compassivo das políticas e a luta contra a exclusão, mas isso implica o combate sem tréguas à captura do Estado por grupos de interesses que há muito se especializaram em tirar partido da fragilidade e da desconfiança inerentes à sociedade para perpetuarem os seus privilégios.
(Sublinhados meus.)
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O ROCEIRO

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

No clarear do dia vou para o roçado
A capinar.
Até de tarde eu tiro o meu eito.
Arranco inços, tranqueiras, juás e bosta de macaco
que não serve nem pra esterco.
Abro a terra e boto as sementes.
Deixo as sementes para a chuva enternecer.
Dou um tempo.
Retiro de novo as pragas, dejetos de anta,
adjectivos.
Retiro os adjectivos porque eles enfraquecem
as plantas.
E deixo o texto a germinar sobre o papel: em
pura masturbação com as pedras e rãs.

Manoel de Barros

Campo Grande (Brasil)
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segunda-feira, março 5

JEAN-DANIEL E AS PRESIDENCIAIS


A mais recente reflexão de Jean-Daniel acerca das eleições presidenciais francesas. Para aqueles que tiverem paciência de a ler vale a pena dar atenção – por contraste – ao valor inestimável para a esquerda, na situação actual da Europa e do Mundo, de dispor, em Portugal, de um governo de maioria PS.

Esta reflexão de Jean-Daniel fez-me pensar nas dificuldades de governar afrontando todas as exigências do cumprimento de reformas profundas do estado num contexto de crise económica ou, pelo menos, de crescimento incipiente, na volúpia de todos os populismos – aí está o regresso de Portas para o comprovar – e de ocaso das ideologias.

Aqui deixo transcrito o último parágrafo que culmina com aquela frase de Camus que citei, em tempos, a propósito da notícia, que correu mundo, de Bush leitor de Camus: « je mourrai dans la gauche malgré elle, malgré moi ».

Maintenant, je voudrais faire partager mon émerveillement devant l’accord qui s’établit autour de certaines idées et surtout de certains noms. A entendre les intellectuels réunis vendredi dernier par Guillaume Durand et pour y avoir indirectement participé, il m’a semblé que le temps était immobile. Les références par eux tous évoquées, notamment par Bernard-Henri Lévy, rejoignaient tous les combats au début de notre journal. Il n’en était pas un seul, si éloignés qu’ils fussent les uns des autres, pour oublier d’évoquer les noms de Jaurès, de Marc Bloch, de Pierre Mendès France, de Michel Foucault et aussi, ô surprise !, de Camus. Ce journal n’a cessé de se réclamer de l’enseignement de ces maîtres, notamment lorsque nous dénoncions le danger des utopies meurtrières et la prétention de détenir une vérité politique universelle. Si bien que, à cette étape avancée de ma vie, je me sens réintroduit dans l’Histoire plutôt que d’être rejeté par elle. On devine que la vigilance et la lucidité invitent les hommes de ma génération à imputer à l’âge certaines des préventions qui pourraient n’être que des nostalgies. Déjà, une partie du monde nouveau, surtout dans ses fulgurantes audaces technologiques et ses moyens de communication, me devient étrangère. Mais je ne me suis jamais senti aussi contemporain de tous ces Français qui se trouvent victimes des dérives que nos maîtres avaient prévues et dénoncées. C’est pourquoi, bien sûr, à la fin des fins, et comme Camus, « je mourrai dans la gauche malgré elle, malgré moi ».
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TIMOR-LESTE

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OPA

Posted by PicasaTed Carter

É arrepiante observar os críticos do governo aplaudir o fracasso da OPA sobre a PT. A esquerda que abraça os senhores Berardo e Granadeiro tem sempre razão e ganha sempre. Um caso de inteligência em movimento: aplaude tudo e o seu contrário. Não perceberam que quem lhes deu a vitória que reclamam foi o governo que combatem?
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domingo, março 4

COM O CARTAZ "A POESIA ESTÁ NA RUA" DE VIEIRA DA SILVA

Posted by PicasaVieira da Silva

A árvore chegou em Janeiro
no vaso com papel de estanho
ficou na sala de visitas
perto do Cristo negro da Rosa
com a Guernica e o retrato de Guevara.

Não foi culpa ou nostalgia
alguns anos depois mais cínicos
a araucária arrancada
do jardim para que outro sol entrasse
nas lentes escuras progressivas.

Abril estava próximo entardecia.

António Barbedo

[Este poema não emparelha com uma fotografia de Hélder Gonçalves atento o seu próprio título.]
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NAIDE CAMPEÃ

Posted by PicasaNaide Gomes

Naide Gomes conquistou mesmo o ouro nos europeus de atletismo em pista coberta. Melhor marca mundial do ano no salto em comprimento. Volto ao assunto com a mesma fotografia do post anterior pois não encontrei outra melhor. Olhei, hoje, os escaparates dos jornais e fiquei pasmado. Os chamados desportivos traziam uma foto pequena de Naide na primeira página. Reparei que só o Público, honra seja feita, deu destaque ao feito de Naide Gomes com uma fotografia a ocupar metade da primeira página. A nossa comunicação social tradicional, em geral, é uma verdadeira desgraça … Paz à sua alma!

sábado, março 3

DANÇA


Falta-me muito coisa para saber colher
Os ecos do silêncio e hoje o meu corpo
Deambula afastado dos sons ancestrais
Entre hiatos de olhares que o desejam

24/02/2007
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sexta-feira, março 2

NAIDE GOMES / NELSON ÉVORA

Posted by PicasaNaide Gomes (campeã em 2005)

Amanhã, nos europeus de pista coberta em atletismo, Naide Gomes (salto em comprimento) e Nelson Évora (triplo salto) vão, quase certamente, ganhar medalhas. Eles fazem parte da nata dos nossos atletas de alta competição e provam que há mais desporto para além do futebol.

FAMILIA SUPERNUMEROSA

Posted by PicasaImagem daqui

Brad Pitt y Angelina Jolie ultiman los papeles para aumentar en otro miembro su ya de por sí numerosa prole.

JOÃO CABARL DE MELO NETO

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Escrevendo escre
vendo mal ch
ama à sorte a cor
nada que
o destino traz
consigo

Virgílio Alberto Vieira
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quinta-feira, março 1

DOIS ANOS DE GOVERNO: SINAIS DE ESPERANÇA

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Dois anos após as eleições legislativas que deram, pela primeira vez, a maioria absoluta aos socialistas, poucos devem ter acreditado que seria possível, em tão curto espaço de tempo, inverter as expectativas negativas que se tinham adensado sobra a economia e os governos de Portugal, em particular, no que respeita às finanças públicas e às reformas estruturais incluindo a do estado.

Não sei avaliar, com rigor (alguém sabe?), qual a verdadeira dimensão e profundidade desse processo de reformas; sei de algumas das suas vicissitudes e vícios como a “deriva fiscal”; não sei da real capacidade da sociedade civil para acomodar o choque das mudanças, como o aumento inevitável do desemprego, mas sei que estamos no limiar de um tempo que exige a criação de um novo paradigma de estado e de um novo modelo de relação entre o estado e a sociedade civil.

Em democracia a afirmação do “bom governo” não pode prescindir da crítica ideológica, da oposição política e do contraditório da opinião pública. Nada mais certo. Neste cenário de inevitável refrega política, as reformas vão no bom sentido se visarem recriar um estado que ultrapasse a extraordinária capacidade destruidora da inércia que acumulou ao longo de decénios. Um estado que elimine, ou atenue, o impacto das mensagens negativas lançadas contra aqueles que ousam contrariar o imobilismo.

Um estado que estimule a iniciativa individual dos cidadãos e a auto determinação da sociedade civil. Um estado que assuma o combate à inércia das instituições, em particular, das instituições públicas, irradiando o parasitismo que nelas, de alto a baixo, se instalou sem criar novas formas de parasitismo.
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Ler, na integra, no "Semanário Económico" e no IR AO FUNDO E VOLTAR
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BENTO MORREU

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O GOVERNADOR, A REMUNERAÇÃO E O RESTO

Posted by PicasaImagem daqui

O Dr. Victor Constâncio, governador do Banco de Portugal, foi citado a propósito da sua remuneração. Cada um se remedeia como pode e sabe e, pelo que conheço, trata-se de alguém cuja competência e honestidade ninguém questiona e que não descuida nem o seu mister, nem os seus interesses pessoais. Faz muito bem. Ponto final.

O problema das remunerações de base, e regalias, dos administradores do BP é uma velha questão e nem me dou ao trabalho de elencar os anteriores titulares de altos cargos públicos, além de governadores e administradores do BP, responsáveis pela presente situação, entre os quais se encontram figuram cujo percurso, pós BP é, nalguns casos, surpreendente.

O que vem agora ao caso é a chamada “disfunção remuneratória” que o Director Geral dos Impostos personificou, de forma vincada, nos últimos tempos, e que o Governador do BP reforça devendo, no entanto, levar-se em conta que o caso deste ultimo é diferente, por todos os motivos, desde a natureza da função até à natureza do vínculo.

Mas o que, na verdade, quero referir é que há remédios – como nas OPA’s – para a chamada “disfunção remuneratória”, sem beliscar o princípio da diferenciação positiva, ou seja, remunerações diferentes para funções diferentes e ordenadas diferenciados por níveis da qualidade de desempenho, caso tal filosofia venha a ser, como seria desejável, aplicada na administração pública.

O verdadeiro problema é que a “disfunção remuneratória” tem a montante a questão das remunerações dos titulares de cargos políticos, impróprias e impensáveis, face às exigências do exercício de responsabilidades políticas ao nível de um PR, PM, PGR, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, só para dar alguns exemplos.

Os 5.000 e tal euros mensais que aufere o primeiro-ministro é uma bizarria ficando aquém da remuneração de muitas cabeleireiras, ou massagistas, da nossa praça que nem recibos passam. Não estou a brincar e quem quiser dar-se ao trabalho de fazer umas contas simples, em particular as senhoras, chegará à mesma conclusão.

Alguém que tenha a coragem de tomar a iniciativa de corrigir a “disfunção remuneratória” da administração pública começando por aumentar as remunerações dos titulares dos cargos políticos. É uma lista curta, fácil de elaborar, difícil de defender, mas os políticos eleitos existem para tomar medidas difíceis, porque um dia alguém vai ter de desatar este nó da nossa democracia …
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quarta-feira, fevereiro 28

EDUARDO ALBERTO FERRO RODRIGUES

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Quando Eduardo Alberto Ferro Rodrigues, faz um ano, morreu fiquei consternado. Escrevi um post, porque senti a necessidade de expressar o meu sentimento e nem me preocupei com as notícias que saíram.

Mas nunca é tarde para fazer justiça à faceta de escritor de mérito de Ferro Rodrigues. É o que faz José do Carmo Francisco. Assino por baixo.
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A DEFESA DE FARO

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MALFEITORIAS

Posted by PicasaImagem daqui

Hoje chamou-me a atenção um artigo de Graça Moura, publicado no DN, no qual começa por afirmar:

Como se lê no DN de 22 de Fevereiro, "Pinto Monteiro sustenta, em tese, que um executivo municipal não pode cair por uma suspeita que, depois, se venha a revelar infundada". Estou de acordo com o sentido da ideia de Pinto Monteiro que Graça Moura toma em defesa da sua dama, ou seja, de Carmona e companhia.

Mas o que mais impressiona é o argumentário trauliteiro de Graça Moura a propósito do que designa por “gritaria exaltada, demagógica, hipocritamente virtuosa e justicialista, dos vários quadrantes de uma oposição que mais se diria uma alcateia desvairada do que parte de um executivo municipal digno desse nome.”

E, para caracterizar a postura política de todos os outros, com excepção dos virtuosos autarcas do PSD, dispara a “virulência sem escrúpulos” eivada de “acusações e de insinuações, com propósitos evidentes de desagregação da sua imagem [da Câmara] e de criação de um intolerável descrédito quanto a ela. Um objectivo puramente político, portanto, que recorre à baixeza da imputação de malfeitorias como instrumento habitual da sua estratégia.”

Ora o mesmo se poderia dizer dos homenzitos do partido de Graça Moura, e do seu ex-satélite da extrema-direita, a respeito de diversos processos que correm os seus trâmites e que tomaram, e nalguns casos, ainda tomam, como alvo, alguns daqueles da mesma área política dos que ele acusa de instintos malignos.

Se olhasse para a sua casa político/partidária, e redondezas, com mais cuidada atenção, Graça Moura poderia escrever exactamente o mesmo tomando os seus correligionários como alvos das mesmíssimas diatribes.

É uma pena … que a Ulisseia esteja pejada desses animais predadores mas eles, a mais das vezes, juntam-se, sem distinção de credo ideológico ou partido, em torno da defesa de interesses pelos quais são capazes de todas as malfeitorias.

Por fim Graça Moura informa que o inefável arquitecto do SOL já tinha tomado para si o animal mais apropriado para qualificar essa oposição de malfeitores que, por acaso, até foram alvo de tentativas de suborno segundo foi amplamente noticiado, e nunca infirmado, pelas autoridades competentes. Talvez o regresso de Dr. Portas e, quiçá, mais tarde, do Dr. Barroso, possa repor a ordem zoológica na selva para que, de novo, se possa ouvir, na cidade capital e no país, o trinar dos passarinhos e o ronronar das estrofes de um dos nossos mais insignes poetas.

E culmina, usando Aquilino, (que se estivesse vivo aposto que o desancaria!) com esta interessantíssima gincana zoológica:

“Este artigo já estava escrito quando o Sol de sábado passado publicou o editorial de José António Saraiva, "Carmona e os chacais". Decidi por isso alterar o meu título, que inicialmente era "O tempo das hienas", para outro, de sabor mais aquiliniano. Mas também podia ter escolhido "A lei da selva" ou "A alcateia". Em qualquer caso, lobos, hienas ou chacais são espécies zoológicas predadoras a que a formosa Ulisseia não pode ficar entregue.”
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MARINHA

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Com o oceano do Norte é que se fala só,
cúmplice da escorregadia vegetação que
nos habita.

Desfaz-se o vulto dos navios,
na distância,
lança o farol os seus feixes rasantes.

Não acha fim, por isso, a oração que levamos.

Mário Cláudio
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