quarta-feira, julho 19

EDUCAÇÃO - " REVOLUÇÃO PERMANENTE? "

O cerco político à ministra da educação está a apertar-se como se todas as forças, que ao longo de decénios foram responsáveis pela situação desastrosa da educação em Portugal, tocassem a rebate na vã tentativa de salvar os seus privilégios e fazer sobreviver o “deixa andar” que nos conduziu a ocupar os últimos lugares em todos os principais indicadores, na área da educação básica e secundária, entre os 25 países da UE.

Não digo que tudo são rosas na actual política educativa do governo mas os deméritos são certamente largamente superados pelos aspectos positivos no desenvolvimento de políticas de enfrentamento da situação calamitosa a que chegou a educação em Portugal realidade que qualquer cidadão de bom senso – não especialista - é capaz de reconhecer

O que Teodora Cardoso afirma, num artigo de opinião muito bem elaborado, é a pura das verdades e, podem ter a certeza, que nenhum ministro da educação, de qualquer governo, na plena posse de todas as informações e empossado, legitimamente, do poder para governar, deixará de tomar as mesmas medidas ou outras, certamente, bem mais duras do que aquelas que têm sido postas em prática pela actual ministra.

Devia ter vergonha o principal partido da oposição em questionar as políticas em curso, e as dificuldades em lidar com as sequelas de três anos de governo da educação nos quais se empenhou em fazer, refazer e desfazer reformas, culminando com a entrega da pasta a uma senhora – ainda se lembram ? – inenarrável, - chamada Maria do Carmo Seabra. Haja memória e decoro!

A propósito do tema da educação aqui deixo o acesso a quatro textos que publiquei, em 2004 e 2005, e que abordam alguns dos seus aspectos relevantes.

Educação Profissional - Caminho do Futuro [Junho de 2004]

Abandono Escolar - uma emergência nacional [Outubro de 2004]

Um Compromisso para a Educação [Janeiro de 2005]

Educação e Formação na EU [Janeiro de 2005]

4 comentários:

Anónimo disse...

PORTO, 2006.07.19
Viva.
Baseando-me numa entrevista dada pelo falecido escritor Mário Ventura Henriques, recordo ele dizer que não gostava dos professores, porque só pediam aos alunos para estar calados. Quando comecei como professor primário em 63, nós todos ensináva-mos com umas reguadas à mistura e nunca nenhum aluno se nos dirigia dizendo, ó professor anda cá. Hoje sei que na primária tratam os professores por tu. Concluo que o problema da educação está nos alunos que ainda hoje não perceberam que vão a escola para aprender. O Ministério devia não perder o aluno de vista, tomando as medidas para o êxito académico destes. Sem disciplina na sala de aula não há educação possível. Acho que devemos começar por aqui.
BS

Anónimo disse...

A incompetência com que ao longo dos anos tem sido tratada a questão da educação não leva a desculpar esta política de arrogância e perpotência de quem nada traz de novo a não ser uma política de terra queimada. Todos sabemos (já fomos alunos e agora somos pais com filhos a estudar no ensino oficial, sublinho, oficial) que esta política só serviu para criar clivagens em vez de provocar um debate que tentasse resolver este estado zero de ensino e cultura. Dialogar com professores, alunos, agentes educativos, rever programas, retirar poder às editoras, pensar que a escola é um lugar onde se trabalha (os professores transmitem saberes os alunos rescolhem esses mesmo saberes) com rigor e exigência e isto, peço desculpa, não foi feito por esta ministra.
AM

Anónimo disse...

PORTO, 2006.07.19
Ó António Martins, diga lá claramente, o que é que, na sua opinião é preciso fazer? Mas claramente,ok.É que eu não percebi.
JM

Anónimo disse...
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