Ricardo – Um guarda-redes para a história
Após a pausa prometida venho reconhecer que a minha previsão de ruína do “sistema” só aconteceu a 50%. Nesta fase final só um “out-sider” – Portugal – se intrometeu no lote dos quatro que podem aspirar ao título.
O Brasil caiu como, muito bem, explica Marcelo Moutinho no Pentimento.
Assim as quatro selecções das meias-finais são todas europeias: as representantes dos três mais importantes países da UE, Alemanha, França e Itália e o nosso pequeno Portugal. Estranha composição para um mundial assim reduzido a uma finalíssima entre selecções da Europa Ocidental.
O único caso, verdadeiramente interessante, é o de Portugal. Quando o russo Ivanov não foi capaz de nos mandar pela borda fora, após mostrar 9 cartões amarelos em 10 faltas cometidas pelos portugueses, no Portugal-Holanda, a FIFA mudou de estratégia. A partir desse momento algo se alterou nas arbitragens do Mundial. Não sou capaz de interpretar os meandros da coisa mas que houve “coisa” houve.
No Portugal-Inglaterra os jogadores portugueses deram uma lição de fair play: cometerem 6 faltas, no tempo regulamentar, batendo o record do menor número de faltas cometidas por qualquer equipa, a par do Brasil no jogo com o Japão. Diz-me quem viu, ao vivo, que as esposas das estrelas inglesas insultaram, ao mais baixo nível, nos bastidores, as mulheres de alguns jogadores portugueses.
Uma ”flotilha” de um pequeno país derrotar a armada de uma potência imperial também serve para mostrar a miséria moral dos vencidos que sempre se habituaram à glória das vitórias antecipadas. Mas os ingleses deviam saber que, na bola, Portugal sempre os venceu, em jogos oficiais, desde 1966.
Jogando para ganhar a todo o custo, ao contrário da tradição nacional, que sempre costuma assentar na lógica de fazer tudo para sair com honra da derrota, a selecção nacional, deu mais uma lição de capacidade de conquista, organização, coragem e qualidade no desempenho dos protagonistas – os jogadores e “Felipão”.
Só não entendo o que anda por ali a fazer o Postiga e …o Senhor Madaíl. De resto honra ao colectivo e, neste caso, ao Ricardo – um herói português – pois defender 3 penaltys, em quatro, é caso único em mundiais e não é fruto do acaso.
Agora os franceses que se cuidem! Quarta-feira volto ao tema.
Após a pausa prometida venho reconhecer que a minha previsão de ruína do “sistema” só aconteceu a 50%. Nesta fase final só um “out-sider” – Portugal – se intrometeu no lote dos quatro que podem aspirar ao título.
O Brasil caiu como, muito bem, explica Marcelo Moutinho no Pentimento.
Assim as quatro selecções das meias-finais são todas europeias: as representantes dos três mais importantes países da UE, Alemanha, França e Itália e o nosso pequeno Portugal. Estranha composição para um mundial assim reduzido a uma finalíssima entre selecções da Europa Ocidental.
O único caso, verdadeiramente interessante, é o de Portugal. Quando o russo Ivanov não foi capaz de nos mandar pela borda fora, após mostrar 9 cartões amarelos em 10 faltas cometidas pelos portugueses, no Portugal-Holanda, a FIFA mudou de estratégia. A partir desse momento algo se alterou nas arbitragens do Mundial. Não sou capaz de interpretar os meandros da coisa mas que houve “coisa” houve.
No Portugal-Inglaterra os jogadores portugueses deram uma lição de fair play: cometerem 6 faltas, no tempo regulamentar, batendo o record do menor número de faltas cometidas por qualquer equipa, a par do Brasil no jogo com o Japão. Diz-me quem viu, ao vivo, que as esposas das estrelas inglesas insultaram, ao mais baixo nível, nos bastidores, as mulheres de alguns jogadores portugueses.
Uma ”flotilha” de um pequeno país derrotar a armada de uma potência imperial também serve para mostrar a miséria moral dos vencidos que sempre se habituaram à glória das vitórias antecipadas. Mas os ingleses deviam saber que, na bola, Portugal sempre os venceu, em jogos oficiais, desde 1966.
Jogando para ganhar a todo o custo, ao contrário da tradição nacional, que sempre costuma assentar na lógica de fazer tudo para sair com honra da derrota, a selecção nacional, deu mais uma lição de capacidade de conquista, organização, coragem e qualidade no desempenho dos protagonistas – os jogadores e “Felipão”.
Só não entendo o que anda por ali a fazer o Postiga e …o Senhor Madaíl. De resto honra ao colectivo e, neste caso, ao Ricardo – um herói português – pois defender 3 penaltys, em quatro, é caso único em mundiais e não é fruto do acaso.
Agora os franceses que se cuidem! Quarta-feira volto ao tema.
(Alterei a redacção do primeiro parágrafo após uma pertinente observação da minha amiga italiana Monica Goracci que faz parte da equipa de torcedores de bancada que têm levado Portugal à vitória. Estava confuso e, além do mais, apresentava um vaticínio, precipitado e injusto, de vitória da Alemanha sobre a Itália.)
2 comentários:
http://www.sindefer.pt/nanoticia.asp?NoticiaID=2413
Vale a pena ver a fotografia deste texto. Só para sorrir - sem lhe atribuir significado político
PORTO, 2006.07.08
O Jorge Gago, guarda-redes do Farense anos sessenta tinha mais elegância na baliza. E o Isaurindo classificou-o como o melhor guarda-redes português à época.
Faro sempre.
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