ANIVERSÁRIO
A propósito do meu aniversário que, sem outra razão senão a do próprio jogo, aqui dei a conhecer no próprio dia, sempre quero assinalar um facto invulgar. Tendo decidido, em família, que a celebração seria um jantar numa pisaria muito do nosso apreço, junto ao rio, lá fomos cedo.Éramos quatro e pretendíamos alcançar o objectivo, prosaico, de uma mesa de vistas largas. Largamos MM e B ainda antes de aparcar para cravar uma bandeira no sítio desejado.
Surpresa das surpresas lá estava já sentada, no desejado sítio, uma comitiva familiar de três amigos que me tinham acabado de presentear com os telefonemas da praxe mas que, de todo, desconheciam o nosso objectivo. É o que se chama a alquimia do sítio.
Assim se fez, então, uma celebração informal não a quatro mas a oito, ou seja, quase a festa que se não desejava. Por isso mesmo com mais sabor. Tal situação me fez lembrar uma frase de Sena, no prefácio da primeira edição de Poesia-I: "Na peregrinação que é a nossa vida, muito mais somos visitados do que visitamos."
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