domingo, agosto 1

Incêndios, confirmação

O "Jornal de Notícias", na sua edição de hoje, confirma todos os piores vaticínios acerca dos incêndios. Este tema carece de ser abordado de forma insistente.

"Um balanço negro do Livro Branco dos fogos - Tragédia anunciada

Pouco ou nada do que foi anunciado após os fogos de 2003 se concretizou. Medidas "imediatas" e "urgentes" não foram concretizadas e leis não saíram do papel. Já ardeu mais floresta do que no ano passado"

"No ano passado, arderam 400 mil hectares de matos e floresta, morreram 20 pessoas, 113 habitações permanentes ficaram destruídas e 190 pessoas desalojadas. Ao todo, eclodiram cerca de 15 mil incêndios e fogachos. Em 2000, o número de incêndios tinha sido quase o dobro, mas a área ardida ficou a menos de metade.

Este ano,a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) calcula que já tenham ardido mais de 50 mil hectares. Este valor compreende áreas agrícolas, áreas de repovoamentos florestais, terrenos incultos e área urbanizadas. Na segunda-feira passada, atingiu-se quase o pico das ocorrências registadas no ano passado (650), com 572 incêndios registados, que mobilizaram 7300 bombeiros e cerca de 1900 veículos.

Até ao dia 18, ainda segundo dados da DGRF, já tinham ardido mais cerca de cinco mil hectares do que durante o período homólogo do ano de 2003 e tinha sido igualmente ultrapassado o número de ocorrências registadas."

Quem assume as responsabilidades pela "tragédia anunciada"? O governo de José Manuel Barroso saíu de cena. Os ministros responsáveis (Administração Interna, Ambiente e Agricultura) foram embora. O governo em funções é novo e vai estudar a matéria mil vezes estudada. Vai o PR, no âmbito das suas competências, passar dos discursos à acção? Quem lucra com os incêndios? Quem são os responsáveis pela não aplicação das medidas de prevenção previstas? Quem manda investigar? Quem investiga?

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