sábado, agosto 28

Uma visita a Allende

Um dia, de visita a Santiago do Chile, cumpri um dos meus sonhos. Visitei a campa de Salvador Allende, prestando-lhe uma homenagem, pessoal e íntima, que sempre desejei desde a sua morte trágica em 11 de Setembro de 1973.

Era manhã cedo e acompanhado pelo meu companheiro de viagem e pelo motorista chileno, que fez questão de nos fazer companhia, lá fomos ao cemitério central da capital chilena. Antes de entrar compramos um ramo de cravos vermelhos. Fazia um frio de rachar.

O cemitério é monumental e a caminhada até ao nosso destino foi longa e solitária. Naquela hora o cemitério estava quase deserto de visitantes.

À entrada do cemitério entreguei o ramo de cravos nas mãos do motorista chileno para atenuar a sua comoção. Ele nunca tinha visitado a campa de Allende mas percebemos que chorava. Depositamos os cravos e recolhemo-nos uns breves instantes. Senti intensamente o frio mas o meu coração ficou reconfortado como se tivesse cumprido um dever de honra.

Uma notícia e uma reportagem recentes fizeram-me lembrar a visita à campa de Allende. Chamaram-me a atenção para o Chile e a sua história recente. A notícia diz-nos que "O Supremo Tribunal do Chile anunciou ter decidido hoje levantar a imunidade do general Augusto Pinochet, no âmbito da investigação sobre o Plano Condor." (Expresso on line).

A Reportagem, de Marion Van Renterghem, publicada no Público, é dedicada a uma heroína anónima, Carmen Yañez, vítima da repressão sanguinária de Pinochet. É bom não esquecer




1 comentário:

Anónimo disse...

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