O nosso atraso é ancestral. A educação é um seu revelador implacável. Mas, cuidado, que não são razões administrativas que o explicam. A administração é um reflexo de uma maneira de estar em sociedade, de uma mentalidade em que a condicionante central sempre foi, e ainda é, a miséria. Miséria moral e material. Ademais os ministros das finanças, em democracia, num país da UE, não podem reproduzir – nem sequer actualizado – o discurso de Salazar na sua tomada de posse, como ministro das finanças, em 27 de Abril de 1928. O problema é sempre o mesmo: falta a fazenda, onde sobra a cobiça. Sobra a intriga, onde falta a competência. Por isso, os ministros das finanças, sendo honestos, com eleições à vista, demitem-se.
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