Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
segunda-feira, outubro 10
Autárquicas - 2005
Faro - "Arco da Vila"
Os resultados conhecidos, a esta hora, das eleições autárquicas confirmam o que era previsível.
O PSD ganhou, como seria de esperar, consolidando, no essencial, as posições conquistadas em 2001, tendo ganho ainda algumas autarquias relevantes, que estavam nas mãos do PS, como é o caso de Aveiro.
O PS, no governo, com as despesas de uma política de austeridade, nunca poderia recuperar terreno face à derrota de 2001. Poderia aspirar, quanto muito, a não perder muitas posições. A sua política de "gestão de danos" foi bem sucedida.
Os chamados independentes “arguidos”, com excepção de Amarante, ganharam. Pela minha parte recuso-me a aceitar que a vitória destes candidatos “rebeldes” seja uma derrota da democracia pois nenhum deles, salvo o que perdeu, está condenado pela justiça e nada os poderia impedir de se candidatarem e, como aconteceu em três casos, serem eleitos.
O PCP ganhou posições, em votos, Câmaras e mandatos capitalizando o descontentamento face à política de austeridade do governo. O BE, na mesma onda, ganhou pelo efeito conjugado da maior cobertura nacional das candidaturas apresentadas e pelo crescimento eleitoral nos grandes centros urbanos.
E, já agora, confirmou-se a vitória do PS em Faro para contentamento do meu bairrismo. Daí a ilustração deste post.
Seja qual for o resultado final global, a esta hora ainda não conhecido, o mais importante é que haja respeito pela decisão dos eleitores e que cada directório partidário retire do veredicto das urnas as devidas lições. Com perspicácia, pertinência e proporcionalidade.
Quanto à atitude política a tomar face a eleições democráticas remeto para o que escrevi em “Reflexão Final”.
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