Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, outubro 23
ESQUECIMENTO ...
“Olhando o Gilão” – Fotografia de Hélder Gonçalves
“Trinta anos.
A primeira faculdade do homem é o esquecimento. Mas é justo dizer que esquece mesmo o bem que fez.”
Albert Camus
Caderno n.º 4 (Janeiro 1942/Setembro 1945) – Tradução de António Quadros. Edição “Livros do Brasil”. (A partir da “Carnets”, 1962, Éditions Gallimard).
(Fragmento, certamente, escrito a 7 de Novembro de 1943 dia do 30º aniversário de Camus. Por essa data Camus começou a trabalhar, como leitor, na “Gallimard”. Em simultâneo inicia a colaboração com a redacção do jornal da resistência “Combat” que acabara de mudar a sua redacção de Lyon para Paris. Pouco tempo depois assume a direcção do jornal. No meio de tantas recordações do meu empenhamento político, por coincidência, 30 anos atrás, entre despedidas de amigos, desilusões e esperanças, o teor daquele fragmento, na sua simplicidade, apesar de todas as lutas, é um lúcido apelo à concórdia entre os homens.)
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2 comentários:
muito bom ver essas citações de Camus. Quase não conheço o que há de Camus fora de seus livros...
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