SONJA THOMSEN
A quem pergunte
por ti, responde:
Procurem onde,
só, me dirijo.
O chão que pizo
o ar que bebo
não me pertencem
e não me lembro.
Noutros lugares?
Desde o princípio
que vejo, esqueço,
e nunca volto.
Aqui não busquem
consentimento
para um encontro.
Porque indiferente,
remoto, auzente,
me encontrarão
apenas onde
de vós se esconde
meu coração.
Raul de Carvalho
In “Cadernos de Poesia” – Setembro de 1951
“Campo das Letras”
A quem pergunte
por ti, responde:
Procurem onde,
só, me dirijo.
O chão que pizo
o ar que bebo
não me pertencem
e não me lembro.
Noutros lugares?
Desde o princípio
que vejo, esqueço,
e nunca volto.
Aqui não busquem
consentimento
para um encontro.
Porque indiferente,
remoto, auzente,
me encontrarão
apenas onde
de vós se esconde
meu coração.
Raul de Carvalho
In “Cadernos de Poesia” – Setembro de 1951
“Campo das Letras”
2 comentários:
Tão doridamente belo!
Quando o coração renega a memória a cabeça lembra-se da sua falta de espaço!
Até sempre!
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