Fotografia daquiÉ a primeira vez que toco neste caso que surge, cada vez mais, como uma questão diplomática.
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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
Como já antes disse concluí, no período de férias, a leitura de “D. Afonso Henriques”, de José Mattoso. Os últimos sublinhados de leitura que aqui deixei datam de há mais de um mês. Vou agora reiniciar a sua publicação quer pelo interesse que a leitura me suscitou, quer pelo importância que atribuo à divulgação da história da vida do governante que mais tempo exerceu o poder em Portugal tendo sido aquele que, na verdade, assumiu, nas circunstâncias do seu tempo, a responsabilidade pela fundação da nacionalidade. As notas de leitura constam sempre de excertos cuja selecção é meramente subjectiva e, neste suporte, nunca podem ser excessivamente longas.
Acabei de ler, no café, ao pequeno-almoço, a última crónica do EPC, publicada no “Público”. Ao contrário do que o título da crónica pode levar a intuir não se trata de uma crítica ao “simplex”. Trata-se antes de uma crónica acerca do quotidiano, à maneira do EPC, que, no fundo, passa a mensagem de que é preciso ir mais longe no combate à burocracia. A nossa amiga I., uma brasileira jovem, quadro de elevado potencial, confronta-se com o mesmo problema: tem toda a documentação em ordem mas alguém, em nome não se sabe de que interesses, lei ou “indisposição burocrática” resolveu dificultar-lhe a vida. Por esta hora o EPC vai a caminho da sua “última morada”. Não gostei da institucionalização dos elogios fúnebres. Assaltou-me a sensação amarga de terem sido escritos pelos assessores. Os “intelectuais públicos”, como titulava ontem o Público, na sua edição on line, correm sempre o risco de lhes ser servido um “funeral de estado”, mesmo informal, a que se seguirá a função toponímica … e está o assunto arrumado! Mas o EPC não deixou expressa vontade contrária nem consta que possa escrever a crónica do seu próprio funeral!
Eduardo Prado Coelho morreu. Podia mesmo não se concordar com as suas opiniões. Podia desconfiar-se do seu percurso de ensaísta e crítico ou das suas opções políticas, aparentemente, contraditórias ao longo do tempo. Mas, no que me toca, devo reconhecer que foi uma figura que me influenciou fortemente, desde a minha juventude, quer nas leituras, quer nas opções culturais e ideológicas. Não há volta a dar. Honra à sua memória.
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José Luís Arnaut
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Tria Giovan – US, b.1961
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Bergman
Europa (2)
Fotografia no A Defesa de Faro