Fotografia de Daniel Costa-Lourenço in Olhares
Nestas salas escuras, onde vou passando
dias pesados, para cá e para lá ando
à descoberta das janelas. – Uma janela
quando abrir será uma consolação. –
Mas as janelas não se descobrem, ou não hei-de conseguir
descobri-las. E é melhor talvez não as descobrir.
Talvez a luz seja uma nova subjugação.
Quem sabe que novas coisas nos mostrará ela.
C. Kavafis
Nestas salas escuras, onde vou passando
dias pesados, para cá e para lá ando
à descoberta das janelas. – Uma janela
quando abrir será uma consolação. –
Mas as janelas não se descobrem, ou não hei-de conseguir
descobri-las. E é melhor talvez não as descobrir.
Talvez a luz seja uma nova subjugação.
Quem sabe que novas coisas nos mostrará ela.
C. Kavafis
Tradução de Joaquim M. Magalhães e Nikos Pratsinis
Relógio d´Água
2 comentários:
Gostei de ler Kavafis e gostei das janelas até porque acabada de chegar do Chiado por onde ando sempre de olhos no ar e caderno de desenho na mão acabei de apanhar algunas janelas e águas furtadas ali para as bandas do Miradouro de Santa Catarina.
As janelas me fascinam, os poemas de K. também. Estou a postar os mais curtos. Sinto prazer quando encontro uma solução razoável para divulgar algo como esta sublime poesia. Pouco conhecida além do círculo dos eruditos que estudam estas coisas.
Obrigado.
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