Ana Kerenina - Clifford Bailey
Levanta-te e caminha, hesitante palavra
sobre a aresta do mês onde até mesmo Deus
esquece e a crua luz sensivelmente lavra
através de caídos sucessivos véus
Sinal equivalente ao quente cais que canto
aqui na orla da manhã só prometida
a quem matou a morte e desconhece quanto
à morte se devia a ciência da vida
Já tudo o que passou parece imaginado
e Ana Karenina tem no olhar ausente
a estrada que se perde a cada passo andado
Ó palavra impossível cuja vizinhança
a outra, útil ou portátil, não consente,
abre o poema, símil da lábil criança
Ruy Belo
“CE FUNESTE LANGAGE”
In Boca Bilingue
Levanta-te e caminha, hesitante palavra
sobre a aresta do mês onde até mesmo Deus
esquece e a crua luz sensivelmente lavra
através de caídos sucessivos véus
Sinal equivalente ao quente cais que canto
aqui na orla da manhã só prometida
a quem matou a morte e desconhece quanto
à morte se devia a ciência da vida
Já tudo o que passou parece imaginado
e Ana Karenina tem no olhar ausente
a estrada que se perde a cada passo andado
Ó palavra impossível cuja vizinhança
a outra, útil ou portátil, não consente,
abre o poema, símil da lábil criança
Ruy Belo
“CE FUNESTE LANGAGE”
In Boca Bilingue
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