Fotografia daqui
Regresso do Algarve à capital. Um descanso breve para a mente e, em particular, para os olhos após duas semanas de trabalho intenso neste projecto.
Uma visita à terra natal. A natureza do lugar, na minha cabeça, não mudou quase em nada. A vista da cidade, tomada da praia de Faro, mantém o perfil de uma mancha branca.
A diferença é que a cidade ganhou dimensão, no essencial, em altura. Mas, ao longe, os atropelos urbanísticos são suplantados pela claridade da luz que a ilumina. A mesma claridade que a memória retém dos tempos de criança.
Foram-se os cheiros à vegetação rasteira que medrava na areia e que quase foi varrida pela erosão do mar e pela incúria do homem. Quando passava da terra para o lado da costa, atrevessando a ria de barco a remos, o que mais me impressionava era o cheiro forte que emanava do coberto mediterrânico que cobria as dunas. Hoje resta a quietude da ria e o verde do sapal, de um lado e, do outro, o esplendoroso mar azul.
Desta vez não nevou em Faro como aconteceu de 1 para 2 de Fevereiro de 1954. O sol dominava a paisagem apesar do frio. A pacatez das gentes e do lugar não sofreram mudança.
Regresso do Algarve à capital. Um descanso breve para a mente e, em particular, para os olhos após duas semanas de trabalho intenso neste projecto.
Uma visita à terra natal. A natureza do lugar, na minha cabeça, não mudou quase em nada. A vista da cidade, tomada da praia de Faro, mantém o perfil de uma mancha branca.
A diferença é que a cidade ganhou dimensão, no essencial, em altura. Mas, ao longe, os atropelos urbanísticos são suplantados pela claridade da luz que a ilumina. A mesma claridade que a memória retém dos tempos de criança.
Foram-se os cheiros à vegetação rasteira que medrava na areia e que quase foi varrida pela erosão do mar e pela incúria do homem. Quando passava da terra para o lado da costa, atrevessando a ria de barco a remos, o que mais me impressionava era o cheiro forte que emanava do coberto mediterrânico que cobria as dunas. Hoje resta a quietude da ria e o verde do sapal, de um lado e, do outro, o esplendoroso mar azul.
Desta vez não nevou em Faro como aconteceu de 1 para 2 de Fevereiro de 1954. O sol dominava a paisagem apesar do frio. A pacatez das gentes e do lugar não sofreram mudança.
Dominaram os árabes aqueles lugares durante muitos séculos. Quem diria, por estes dias, a abundância das notícias eivadas de sinais de ódio pelos antigos dominadores da minha terra. Os meus mais que prováveis ascendentes.
É o sul mais a sul que sempre me fascinou. Tudo permanece: a vista do mar, o cheiro da terra, o sol que baila no ar, a nostalgia das gentes...
1 comentário:
Best regards from NY!
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