não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todo o tempo sofreu.
As lágrimas são as minhas
mas o choro não é meu.
Movimento Perpétuo [1956]
Movimento Perpétuo [1956]
“Obra Poética”, Edições João Sá da Costa
Lisboa, 1ª Edição, 2001
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ANTÓNIO GEDEÃO
(1906-Lisboa 1997-Lisboa)
Pseudónimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, licenciou-se em Ciências Físico-Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em 1931. Um ano depois forma-se em Ciências Pedagógicas pela Faculdade de Letras da cidade invicta, prenunciando qual será a sua actividade principal daí para a frente e durante 40 anos – professor e pedagogo, para quem ensinar era uma paixão. Traduziu como ninguém, a ciência para os leigos, desvendando segredos científicos com a mesma simplicidade com que os exemplificava.
Só em 1956, com 50 anos, publica o primeiro livro de poemas Movimento Perpétuo. A este viriam juntar-se Teatro do Mundo (1958), Máquina de Fogo (1961), Poema para Galileu (1964), Linhas de Força (1967) e ainda Poemas Póstumos (1983) e Novos Poemas Póstumos (1990).
A sua obra une, de forma exemplar, a ciência e a poesia, a vida e o sonho. Uma poesia comunicativa que marca toda uma geração reprimida por um regime ditatorial e atormentada por uma guerra, cujo fim não se adivinhava. E é deste modo que Pedra Filosofal, musicada por Manuel Freire, se torna num hino à liberdade e ao sonho.
Incapaz de ficar parado, nos anos seguintes dedica-se por inteiro à investigação publicando numerosos livros, tanto de divulgação científica, como de história da ciência. Em 1990, já com 83 anos, Rómulo de Carvalho assume a direcção do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa.
ANTÓNIO GEDEÃO
(1906-Lisboa 1997-Lisboa)
Pseudónimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, licenciou-se em Ciências Físico-Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em 1931. Um ano depois forma-se em Ciências Pedagógicas pela Faculdade de Letras da cidade invicta, prenunciando qual será a sua actividade principal daí para a frente e durante 40 anos – professor e pedagogo, para quem ensinar era uma paixão. Traduziu como ninguém, a ciência para os leigos, desvendando segredos científicos com a mesma simplicidade com que os exemplificava.
Só em 1956, com 50 anos, publica o primeiro livro de poemas Movimento Perpétuo. A este viriam juntar-se Teatro do Mundo (1958), Máquina de Fogo (1961), Poema para Galileu (1964), Linhas de Força (1967) e ainda Poemas Póstumos (1983) e Novos Poemas Póstumos (1990).
A sua obra une, de forma exemplar, a ciência e a poesia, a vida e o sonho. Uma poesia comunicativa que marca toda uma geração reprimida por um regime ditatorial e atormentada por uma guerra, cujo fim não se adivinhava. E é deste modo que Pedra Filosofal, musicada por Manuel Freire, se torna num hino à liberdade e ao sonho.
Incapaz de ficar parado, nos anos seguintes dedica-se por inteiro à investigação publicando numerosos livros, tanto de divulgação científica, como de história da ciência. Em 1990, já com 83 anos, Rómulo de Carvalho assume a direcção do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa.
2 comentários:
Não sei, ou se calhar sei, a razão porque é tão esquecido! Bela homenagem.
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