Desde a data do anúncio formal, pelo PR, da decisão de convocar eleições legislativas até à sua realização, em 20 de Fevereiro de 2005, vão passar 71 dias.
É muito tempo. É tempo demais. A decisão é, politicamente, inquestionável e, conforme apontam todas as sondagens e o senso comum, era desejada pela maioria dos portugueses.
Mas não se poderiam encurtar todos os prazos? Nenhuma sociedade aguenta tanto impasse, hesitação, “complexidade”, sigilo, sem amargar a sua sorte.
Reparem só no caso particular do combate aos incêndios de verão. Na véspera da decisão formal do PR demitiu-se o responsável máximo dos “Bombeiros e Protecção Civil”.
O responsável governamental não falava com ele. É uma técnica antiga para “despedir” e humilhar os dirigentes da administração.
Chegaremos, assim, ao verão de 2005, de novo, impreparados para a inevitável calamidade dos incêndios.
Previsão: a direita, na oposição, acusará o governo socialista de não ter feito nada para fazer face à situação.
Em Julho de 2005 já ninguém se lembrará de nada do que se está a passar neste momento.
Sem comentários:
Enviar um comentário