Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quinta-feira, novembro 10
RUY BELO
Descobri, por acaso, também um livro acerca de “Ruy Belo: “Coisas do Silêncio”, de Duarte Belo e Rute Figueiredo, editado pela Assírio e Alvim.
Nele além de fotografias, que “pressupõem a ligação da identidade do poeta à identidade dos lugares”, publicam-se excertos da sua poesia cujo formato se adequa, quase na perfeição, à sua divulgação num blogue. Uma forma de a conhecer sem facilidades torneando os excessos eruditos.
Como se diz no posfácio do livro “Os poemas ou excertos de poemas que integram este conjunto de fotografias, funcionam como o traçado de um processo criativo, ou um “mapa” de visita que nos permite descortinar a face de uma paisagem humana desenhada por gestos suspensos entre palavras.”
“A minha amada chega no ar dos pinhais
cingida de resina vária como o cedro
e a maresia. Levanta-se lábil
e compromete solene o séquito da aurora
Ou vem sobre os rolos do mar
cheia de infância pequena de destino
(…)
"Condição da Terra"
Aquele Grande Rio Eufrates
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