Jorge Corvo (Fotografia de “A Defesa de Faro”)
Julgo não me enganar na identificação do ciclista: Jorge Corvo. Neste fim-de-semana percorri as estradas que ele conhece como ninguém. Ali perto da casa de meus avós no tempo das amendoeiras em flor que em vez do tapete branco de antigamente agora se apresentam como simples pontos esparsos na paisagem mediterrânica.
Jorge Corvo foi um herói que nunca subiu ao trono. Por três vezes foi 2º classificado na Volta a Portugal em bicicleta (1959, 63 e 64) e na Volta de 1963 perdeu por 25 segundos para João Roque. Sempre fiquei com a impressão que jamais seria possível um ciclista de um pequeno clube ganhar a Volta.
Esta fotografia foi tirada pelo meu irmão numa etapa qualquer, certamente no Algarve, de uma competição ciclista. O meu irmão gostava da fotografia e nesta casou de forma feliz a moldura do entusiasmo popular com o esforço tranquilo do campeão que o foi sem nunca o ter sido.
Julgo não me enganar na identificação do ciclista: Jorge Corvo. Neste fim-de-semana percorri as estradas que ele conhece como ninguém. Ali perto da casa de meus avós no tempo das amendoeiras em flor que em vez do tapete branco de antigamente agora se apresentam como simples pontos esparsos na paisagem mediterrânica.
Jorge Corvo foi um herói que nunca subiu ao trono. Por três vezes foi 2º classificado na Volta a Portugal em bicicleta (1959, 63 e 64) e na Volta de 1963 perdeu por 25 segundos para João Roque. Sempre fiquei com a impressão que jamais seria possível um ciclista de um pequeno clube ganhar a Volta.
Esta fotografia foi tirada pelo meu irmão numa etapa qualquer, certamente no Algarve, de uma competição ciclista. O meu irmão gostava da fotografia e nesta casou de forma feliz a moldura do entusiasmo popular com o esforço tranquilo do campeão que o foi sem nunca o ter sido.
3 comentários:
Eduardo: Jorge Corvo perdeu volta de 1959 para Carlos Carvalho por 5 segundos. Nessa Volta a Organização alterou um contra-relógio individual no contra-relógio por equipas para impedir a vitório de Jorge Corvo. Um abraço.
Meu caro Eduardo Graça. O Jorge Corvo foi um grande atleta do Ginásio Clube de Tavira, como sabes. Não sei se a colectividade ainda existe - se resiste - e, muito menos, se nela ainda se pratica ciclismo. Mas praticou. E, apesar de ser do Benfica, este foi um dos ídolos que encheu o imaginário da minha infância. Embora não me possa gabar de ter o conhecimento e a memória do Tomás Vasques, quem quer que ele seja. O Jorge Corvo é hoje - como podiam ter sido outros, da mesma cepa, de que tens falado - o pretexto ideal para te dizer que, embora discreto, sou leitor fiel do teu blogue desde que dele me deram nota. Não sendo, é certo, palavra que conste do léxico mais comum deste espaço,devo dizer-te que leio e revejo e muitas coisas com indisfarçável saudade. E, não desfazendo na teu Camus ou no teu gosto pelo comentário político, gostava de te dizer que tenho apreciado, muito especialmente, as tuas incursões num certo passado desportivo, a dedicação firme à tua terra, o amor pela tua família. O teu irmão Dimas foi-se tornando, de algum modo, familiar e, naturalmente, é com ternura que leio o que dizes, como o dizes, sobre o teu filho, desenhador de mérito. Obrigado, então, pelo mundo afectuoso que, aqui tão longe onde me encontro, me fazes chegar.Um abraço para ti. E, já agora, farás o favor de dar um grande abraço meu ao António Pais, um gajo porreiro de quem (também) tenho muitas saudades. Até uma foto minha ele desencantou. Carlos Maria.
Não contava com esta do "anonymous said"". Sou discreto, não sou um "blogger" mas não sou anónimo. Talvez um "other" sirva, como categoria residual.Tenho nome e, por isso, assinei. Azelhice minha, que ainda não sei como lidar com as novas tecnologias. Vai com tempo, quem sabe? Mais um abraço. Carlos Maria.
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