No seu artigo de hoje no “Expresso” “Responsabilidade absoluta” Alegre diz o essencial acerca de VW. (Para assinantes)
“Estavam lá todos, os de sempre, os que restam dos de sempre, da campanha de Humberto Delgado, do assalto ao quartel de Beja, dos movimentos estudantis de 62 e 69, dos católicos progressistas, da luta anticolonial, da resistência clandestina e não clandestina, da Capela do Rato, da CDE e da CEUD, de todas as prisões e todos os exílios, de todos os combates que desembocaram no 25 de Abril, de todas as causas e todos os sonhos que foram a vida de Vítor Wengorovius e que, dos anos sessenta até agora, são a história da esquerda portuguesa. Todos, de Jorge Sampaio e Mário Soares a Francisco Fanhais, que admiravelmente cantou a «Canção da Cidade Nova». Ouvimo-lo com um nó na garganta, recordando o Vítor, a sua generosidade, a sua entrega aos outros, a sua grandeza de alma. Naquele tempo em que quase todos se calavam, o Vítor pedia frequentemente a palavra. E quando começava era o cabo dos trabalhos para o convencer a parar. A esta hora já está com certeza no céu e S. Pedro nem sabe o que o espera quando o Vítor pedir a palavra. Ele nunca se calou. Ele nunca se calará.”
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