Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, junho 25
LISBOA
A palavra Lisboa sempre me faz lembrar poesia. As ruas inclinadas e os elevadores, a alta e a baixa, o rio e a serra, as colinas e a melancolia. Tantos poetas que a cantaram e cantam. Tantos perseguidos que nela buscaram amigável refúgio. Os motivos de encantamento de Lisboa estão sempre à frente. As misérias sempre atrás. Que as há. Mas a luz de Lisboa esconde o escuro das vidas sem destino.
Lisboa vai escolher quem a governe, durante 4 anos, a partir de Outubro de 2005. A sondagem, publicada hoje no Expresso, mostra que as eleições autárquicas em Lisboa serão, desde 1989, as primeiras sem coligação de esquerda. Qual o espanto acerca do resultado dessa sondagem? Nenhum!
A esquerda, em Lisboa, é maioritária mas dividida perde. Salvo no dealbar da democracia representativa, logo após o 25 de Abril de 74, sempre assim foi. Nem outra coisa seria de esperar!
A solução do “cada um por si”, adoptada pelos partidos de esquerda, é perdedora à partida. Ainda para mais no actual contexto político geral! Só uma milagrosa votação no PP poderia fazer reverter a situação.
Nem falo do candidato do PS. Estimável. Mas todos os outros são mais fortes, no seu estilo e face à expectativa dos seus eleitorados, do que Carrilho. O erro está a montante. Mas não vale a pena falar disso.
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