Luther King
Vi há dias, na TV, um documentário extraordinário acerca da vida de Luther King. Nunca tinha visto as imagens, ao vivo, do seu último discurso, um dia antes de ser assassinado. Faz arrepiar. É um discurso de uma força arrasadora, ao mesmo tempo, um profundo grito de desespero e um desafio à justiça dos homens. As forças ultra conservadoras americanas (terão sido?) não lhe perdoaram a escolha da via pacífica na defesa dos direitos do homem e dos mais fracos. É interessante saber que figuras como Luther King possam ter existido e lutado por causas. Com as suas forças e fraquezas. É ainda mais interessante sentir a necessidade de afirmar isto mesmo. Quem, nos nossos dias, pode defender a causa da paz no Médio Oriente? Os "inimigos" de Israel são pura e simplesmente terroristas? Quem estimula o radicalismo e o fanatismo? Onde estão as forças moderadas e sensatas da sociedade israelita? Quem são os fortes e os fracos naquele conflito? Desde os inícios do século XX os portugueses nunca viveram uma guerra no seu território europeu. É, aparentemente, uma coisa boa mas retira-nos capacidade crítica para falar acerca dos assuntos da guerra e da paz de forma verdadeiramente séria. Que é feito dos comentaristas fardados, e à paisana, que surgiam todos os dias nas nossas TVs a comentar os acontecimentos da guerra do Iraque? Que é feito dos nossos jornalistas no terreno? Que é feito dos nossos GNRs? Ouve-se o silêncio...
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