segunda-feira, janeiro 19

Cavafy-2


A minha referência a Constantino Cavafy suscitada pelo abrupto resultou do interesse pela obra do poeta que conheço, como leitor, na tradução de Jorge de Sena. Pelo que me têm dito alguns mais profundos conhecedores de Cavafy a melhor tradução será a de Marguerite Yourcenar e Constantion Dimaras na obra "Apresentação Crítica de Constantin Cavafy, seguida da tradução integral dos seus poemas" (Edições Gallimard, 1958). A minha apreciação acerca da qualidade das traduções em apreço não resulta, no entanto, de uma comparação mas da minha sensibilidade como leitor interessado. A obra de Cavafy merece, em qualquer caso, ser divulgada e se der origem a polémica tanto melhor. O mesmo se pode aplicar a Jorge de Sena ao qual pretendo continuar a dedicar bastante atenção e espaço. Uma das questões mais chocantes da nossa história, aliás, é o desprezo pelos grandes criadores - os fazedores de obra em todos os domínios - entre os quais se inclui Sena que, não esqueçamos, se exilou e, após a sua morte, ficou sepultado nos Estados Unidos.

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