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Contributos dos Imigrantes na Demografia Portuguesa
Foi hoje apresentado, em livro, o estudo que se intitula "Contributos dos Imigrantes na Demografia Portuguesa", de Maria João Valente Rosa, Hugo de Seabra e Tiago Santos. O Estudo conclui que a imigração é necessária e os seus efeitos são positivos atenuando o envelhecimento demográfico. Os interessados no tema, lendo o estudo, aliás, muito completo e interessante, entenderão a complexidade do fenómeno da imigração e a sua importância no futuro do desenvolvimento económico e social do Portugal e da Europa.
A LUSA divulgou uma síntese do estudo de que reproduzimos alguns passos.
"Os imigrantes contribuíram em um quinto para o aumento da população em Portugal, mas para que se conseguisse travar o envelhecimento do país teriam de entrar a cada ano mais 161 mil estrangeiros.
O mesmo se aplica à manutenção do número de pessoas em idade activa por pessoa em idade idosa. Para que o número de pessoas em idade activa por pessoa idosa mantivesse níveis idênticos aos observados em 2001, seria necessário (...), de 2001 a 2021, um saldo migratório anual em Portugal de mais 188 mil efectivos", conclui também a autora.
... na última década (a imigração) contribuiu "para que houvesse um movimento de reequilíbrio dos dois sexos". Porque "sem as populações estrangeiras, o predomínio das mulheres teria aumentado em Portugal, ao invés de diminuir".
Impacto também no reforço do volume de efectivos nas idades activas (em especial as mais jovens), atenuando os níveis de envelhecimento (em especial no topo) da população.
Os imigrantes contribuíram igualmente para atenuar os desequilíbrios de povoamento, porque se inicialmente optaram por residir nas regiões da Grande Lisboa e Península de Setúbal, mais recentemente, principalmente os do leste europeu e do Brasil, dispersaram-se pelo país todo.
Ao estarem na sua maioria em idades férteis, contribuíram também para o aumento de nados-vivos, e pelo mesmo motivo apresentaram uma inferior contribuição no aumento de mortalidade.
Em síntese, resume a professora, embora as populações de nacionalidade estrangeira sejam demograficamente diversas e ainda representem uma magra fatia da população residente em Portugal (2,2 por cento, segundo o Censo de 2001), as suas interferências no sistema demográfico português já assumem alguma importância.
Sem elas os níveis de envelhecimento seriam mais significativos, os níveis de natalidade mais baixos e o volume da população inferior.
Esta questão, diz também o livro, é comum a toda a Europa. O continente poderá perder na primeira metade deste século importância demográfica, o que aliás já está a acontecer, passando de 22 por cento em 1950 para 12 por cento em 2000. Em 2050 poderá chegar aos sete por cento.
Perante esta realidade a imigração para os países da União Europeia é "uma componente essencial do crescimento demográfico", sendo que na segunda metade da década passada se observaram saldos migratórios positivos em todos os Estados-membros. Segundo o Eurostat este saldo foi, aliás, responsável por cerca de três quartos do crescimento da população da UE após 1999."
A LUSA divulgou uma síntese do estudo de que reproduzimos alguns passos.
"Os imigrantes contribuíram em um quinto para o aumento da população em Portugal, mas para que se conseguisse travar o envelhecimento do país teriam de entrar a cada ano mais 161 mil estrangeiros.
O mesmo se aplica à manutenção do número de pessoas em idade activa por pessoa em idade idosa. Para que o número de pessoas em idade activa por pessoa idosa mantivesse níveis idênticos aos observados em 2001, seria necessário (...), de 2001 a 2021, um saldo migratório anual em Portugal de mais 188 mil efectivos", conclui também a autora.
... na última década (a imigração) contribuiu "para que houvesse um movimento de reequilíbrio dos dois sexos". Porque "sem as populações estrangeiras, o predomínio das mulheres teria aumentado em Portugal, ao invés de diminuir".
Impacto também no reforço do volume de efectivos nas idades activas (em especial as mais jovens), atenuando os níveis de envelhecimento (em especial no topo) da população.
Os imigrantes contribuíram igualmente para atenuar os desequilíbrios de povoamento, porque se inicialmente optaram por residir nas regiões da Grande Lisboa e Península de Setúbal, mais recentemente, principalmente os do leste europeu e do Brasil, dispersaram-se pelo país todo.
Ao estarem na sua maioria em idades férteis, contribuíram também para o aumento de nados-vivos, e pelo mesmo motivo apresentaram uma inferior contribuição no aumento de mortalidade.
Em síntese, resume a professora, embora as populações de nacionalidade estrangeira sejam demograficamente diversas e ainda representem uma magra fatia da população residente em Portugal (2,2 por cento, segundo o Censo de 2001), as suas interferências no sistema demográfico português já assumem alguma importância.
Sem elas os níveis de envelhecimento seriam mais significativos, os níveis de natalidade mais baixos e o volume da população inferior.
Esta questão, diz também o livro, é comum a toda a Europa. O continente poderá perder na primeira metade deste século importância demográfica, o que aliás já está a acontecer, passando de 22 por cento em 1950 para 12 por cento em 2000. Em 2050 poderá chegar aos sete por cento.
Perante esta realidade a imigração para os países da União Europeia é "uma componente essencial do crescimento demográfico", sendo que na segunda metade da década passada se observaram saldos migratórios positivos em todos os Estados-membros. Segundo o Eurostat este saldo foi, aliás, responsável por cerca de três quartos do crescimento da população da UE após 1999."
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